Do Metrópoles – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou seu segundo discurso aos demais chefes de estado de países amazônicos para criticar a administração de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), e para defender que a Cúpula da Amazônia sirva para começar uma nova fase da América do Sul com o mundo.
Sem citar diretamente o nome do ex-presidente no discurso lido, Lula o acusou de ter interrompido esforços pela proteção da floresta e pelo desenvolvimento sustentável.
“Nossas sociedades não souberam encontrar o equilíbrio entre o crescimento e a sustentabilidade nem respeitar os saberes e direitos dos povos do campo, da floresta e das águas”, discursou Lula, no início da tarde desta terça-feira (8), em Belém (PA).
Segundo Lula, no Brasil, “a partir da redemocratização, houve a busca para corrigir o rumo, valorizando o bioma e seus habitantes”.
O presidente ainda destacou os avanços no monitoramento da floresta e a redução do desmatamento na Amazônia, mas criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não resolvemos todos os problemas, mas começamos a trilhar um caminho mais justo e sustentável. No entanto, a crise política que se abateu sobre o Brasil levou ao poder um governo negacionista com consequências nefastas. Meu antecessor abriu as portas para os ilícitos ambientais e o crime organizado. Os índices de desmatamento voltaram a crescer. Suas políticas beneficiaram apenas uma minoria que visa o lucro imediato”, discursou Lula, mirando em Bolsonaro.
“Felizmente, pela decisão soberana do povo brasileiro e seu compromisso com a democracia, conseguimos virar essa triste página da nossa história”, completou o petista.