*Por Claudio Dantas, do O Antagonista — Desde a pré-campanha, Lula trabalhou para atrair seus ex-aliados do Centrão, tanto os que estão na base do governo de Jair Bolsonaro como os ‘isentões’. Pode-se dizer que teve sucesso considerável na empreitada, rachando palanques estaduais do presidente e limitando o poder da máquina federal.
Como já publicamos, em diferentes estados, candidatos de PP, PL, PSD e MDB estão direta ou indiretamente apoiando Lula e campanhas petistas. A consolidação da liderança nas pesquisas de opinião contribui para esse movimento, uma vez que a política é movida pela expectativa de poder.
Ninguém quer ficar de fora.
O problema para esses possíveis aliados é que o ex-presidente agora está convicto de sua vitória no segundo turno — e até aposta que ela possa ocorrer no primeiro. Nesta reta final, ele passou a prescindir dos novos aliados e, nos bastidores, monta uma estratégia de guerra para, caso eleito, acabar com o orçamento secreto.
___________________________________________________________________________
Claudio Dantas é jornalista investigativo, especializado em política, inteligência e defesa.