Da Redação do Blog — De acordo com informações do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, Marco Willians Herbas Machado, também conhecido como Marcola, teria liberado R$ 60 milhões para que membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas resgatassem o líder da facção do presídio federal de Brasília.
A suspeita é que o dinheiro tenha sido proveniente do tráfico de drogas, já que Marcola teria um faturamento semanal de até R$ 5 milhões com negócios particulares. Ainda segundo as investigações, quadrilhas de roubo a banco teriam sido contratadas para a operação, contando com a expertise em planejamento e logística de ações aos moldes do “domínio de cidades” ou “novo cangaço”.
O responsável pelo resgate seria Devanir de Lima Moreira, conhecido como Deva, que está foragido após ser condenado a 21 anos de prisão por formação de quadrilha e envolvimento em três roubos.
As cinco equipes de roubo a banco que participariam da ação seriam remuneradas com o dinheiro liberado por Marcola e seu irmão, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior.
A facção criminosa PCC tinha dois planos em andamento, denominados plano A e plano B, com o objetivo de resgatar o líder Marcola do presídio federal em Brasília. O plano A, chamado STF, teve uma tentativa frustrada em 2020 e continuou em desenvolvimento.
Já o plano B, chamado STJ, envolvia ataques e sequestros de agentes públicos para desestabilizar a segurança pública. Esse plano incluía um atentado contra o ex-juiz e senador Sergio Moro, que não foi deflagrado por falta de autorização de Marcola.
O PCC havia investido US$ 550 mil (R$ 2,9 milhões) na organização desse atentado, incluindo aluguéis de chácaras, veículos blindados e armas. A polícia foi informada extraoficialmente sobre o plano e providenciou proteção armada à família do senador.
As informações foram repassadas por fontes ligadas à operação da Polícia Federal, sistema prisional federal e forças de segurança.