Com informações da Assessoria — Virtualmente garantida num eventual segundo turno, a candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade), iniciou uma operação para colar voto junto com seu senador, André de Paula (PSD). A estratégia vem se intensificando, após as críticas que Marília sofreu de Teresa Leitão (PT), adversária de André na corrida pelo Senado.
Historicamente, o voto de senador é vinculado ao do governador vitorioso nas urnas. Desde 1982, todos os governadores que venceram o primeiro turno também fizeram seus candidatos ao Senado.
A única exceção foi em 1994, quando o avô de Marília, Miguel Arraes, se elegeu para o Governo pela terceira vez, mas puxou apenas Roberto Freire de sua chapa. A outra vaga ficou com Carlos Wilson, que apesar de estar em outro palanque, tinha, na cabeça do eleitor, uma “vinculação natural” com Arraes, de quem foi vice-governador em 1986 e depois o sucedeu, assumindo o governo em 1990, após a renúncia de Arraes para concorrer à Câmara Federal.
As críticas de Teresa Leitão, portanto, podem ser um tiro no pé. Apenas a relação com Lula não seria suficiente para eleger um senador, numa terra onde a vinculação é maior com o governador. Teresa teve proximidade com Marília, a quem defendeu em 2020 para prefeita do Recife, em oposição ao PSB. Agora na chapa do Senado da Frente Popular, a petista foi para o “all-in” contra a ex-aliada. Sendo que sua posição é muito mais desfavorável e vulnerável que a de Marília, que vem crescendo na reta final desta eleição, e ainda pode contar com o chamado voto útil para levar no primeiro turno. Ou seja, Teresa cometeu um erro primário para quem está há mais de duas décadas na política.
Veja o vídeo:
https://youtu.be/d9_oJ5Err6g