De O Globo – O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou o pedido de medida protetiva do marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, contra o assessor Nahuel Medina, do candidato do PRTB, Pablo Marçal. No debate da última segunda-feira, realizado pelo grupo Flow, o assessor do ex-coach deu um soco no publicitário.
O juiz responsável permitiu que o assessor vá a debates, mas deixou claro que ambos terão de manter uma distância mínima de 10 metros, recomendando que as emissoras tomem providências para garantir o distanciamento.
“Ante o exposto dou efeito suspensivo para que NAHUEL GOMES MEDINA fique proibido de qualquer contato com EDUARDO RODRIGUES DE LIMA, seja por meio direito ou indireto; deverá ser enviado ofício para os locais dos próximos debates para que providenciem a entrada separada de NAHUEL GOMES MEDINA e EDUARDO RODRIGUES DE LIMA, que deverão ficar separados por uma distância mínima de 10 metros durante o debate, de modo que poderão atender seus candidatos. Após o término dos debates também deverá ser providenciada a saída em separado, devendo constar no ofício o reforço na segurança do local para garantir a separação mínima de ambos”, disse o juiz Mens de Mello.

Nesta sexta, porém, o advogado de Marçal afirmou que Medina não irá ao debate da TV Record. Tassio Renam disse ao GLOBO que o agressor não iria ao programa por falta de vagas no estúdio, concedidas pela emissora aos assessores.
– Ele não irá, não tem vagas – limitou-se a dizer Renam.
Em ato de campanha nesta sexta-feira, o próprio Marçal, no entanto, disse que não há nenhuma regra que impeça a ida de Medina no debate de sábado.
– Não tem nenhuma restrição para ele ir. Tudo normal. Duda Lima começou tomando o celular. Se o Duda quiser manter distância, melhor ele não ir – disse Marçal na tarde desta sexta-feira na Vila Granada, na zona leste de São Paulo.
O primeiro pedido de medidas cautelares havia sido feito em representação que veio do 16° Distrito Policial (DP), onde o boletim de ocorrência foi registrado na segunda-feira. A delegada responsável pelo caso recomendou que Medina fosse proibido de se aproximar a menos de 300 metros de Duda Lima, e também fosse impedido de fazer publicações sobre o tema ou de se comunicar com o marqueteiro.
Em decisão anterior, a juíza Tânia Magalhães Avelar Moreira da Silveira considerou não haver “risco iminente ou atual de reiteração” de atos de Medina que ameacem Duda Lima, nem “sinais indicativos de possível fuga” do assessor de Marçal.
Duda Lima levou seis pontos próximos ao olho esquerdo após ter sido atacado por Medina. Segundo a campanha de Nunes, o marqueteiro teve um descolamento de retina. Marçal e sua equipe afirmam que o videomaker agiu em legítima defesa e teria reagido a um ato agressivo anterior de Duda Lima.









