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BRASÍLIA — O Mercosul vai fazer um estudo para avaliar a possibilidade de adotar uma moeda única entre Brasil , Argentina ,Uruguai e Paraguai . O tema foi discutido na manhã desta quarta-feira entre ministros da Economia e presidente dos Bancos Centrais dos países que compõem o bloco, durante a 54ª Cúpula do Mercosul, em Santa Fé, na Argentina.
A ideia foi confirmada pelo ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne , logo após a reunião.
— Vamos fazer um trabalho nos países do Mercosul sobre as vantagens pontenciais de uma moeda comum — disse, completando: — Vamos fazer um estudo profundo de que mudanças deveríamos fazer antes de chegar neste processo que nos parece muito interessante — completou.
Em junho, após encontro com o presidente argentino Mauricio Macri, em Buenos Aires, Bolsonaro falou da possibilidade de criar uma moeda única entre os países , que seria chamada de “peso real”.
Horizonte distante
Nesta terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao ser questionado sobre a possibilidade da criação da moeda comum entre Brasil e Argentina, disse que se trata de um “horizonte mais distante.”
— Mas do ponto de vista objetivo, não houve nada disso ainda. Uma conversa, estamos falando de um horizonte que desembocaria numa moeda comum. Um horizonte mais distante — disse Guedes, em Santa Fé.
O ministro brasileiro, no entanto, afirmou que a moeda única favorece a integração entre os países e beneficiaria a Argentina. A Argentina sofre, desde o ano passado, com uma fuga de capitais que levou o presidente Mauricio Macri a bater às portas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas nem mesmo o socorro recorde ao país — o Fundo liberou um pacote de ajuda de US$ 57 bilhões, no maior acordo do tipo já feito — evitou uma disparada do dólar frente ao peso argentino.
– Evidentemente como a Argentina está com uma inflação muito alta, essa convergência para uma moeda comum, poderia ser mais oportuna tentar acelerar uma ação desse tipo – ponderou.







