EXCLUSIVO, Por Ricardo Antunes — Os advogados de defesa de Sarí Corte Real comprovam ainda, por meio de depoimentos de testemunhas, que o menino Miguel era rotineiramente espancado pela avó, Marta, alegando que muitas vezes “era disciplinado com castigos severos e intervenções corporais”. Dizendo não ter a intenção de fazer qualquer julgamento moral quanto à educação dada pela mãe de Miguel, a equipe jurídica enfatiza que a acusada preferiu tratar a criança obedecendo ao seu entendimento disciplinar, “na base da conversa”.
Tanto a manicure Eliana quanto uma funcionária que convivia com a família relatam situações em que a criança era punida fisicamente de forma severa. “Ela sempre dizia… eu vou te matar, desgraça preta, tu é uma vergonha pra mim e pra tua mãe. Se eu pudesse eu já te mandava pro teu pai, pra morar com ele porque eu não te aguento mais. Essa era as palavras de Marta, avó de Miguel”, disse uma funcionária que convivia com a família, segundo a qual Marta já teria, inclusive, arremessado uma pedra em direção a Miguel. Em uma outra situação um vizinho de Tamandaré teria ameaçado chamar o Conselho Tutelar devido a uma surra que Miguel levara da avó.

A defesa alega que Sarí educa os filhos sem punições físicas, e que por isso não utilizou o método de retirar Miguel à força do elevador. Em seu depoimento, Sarí enfatiza que convenceu a criança a sair do local por diversas vezes e que em nenhum momento perdeu a paciência com ele. A acusada nada mais fez do que agir com ele como agiria com os próprios filhos, levanta a defesa. “Dessa forma, resta esclarecido o porquê de a defendente não ter conseguido retirar o pequeno Miguel de dentro do elevador (pela sétima vez)”, explica o documento.







