De Andreia Sadi, do G1 – Militares suspeitos de participação na tentativa de golpe de Estado e aliados políticos de Bolsonaro passaram o final de semana organizando uma estratégia para ‘’fritar’’ o ex-comandante do Exército Freire Gomes. A medida se deu após Gomes passar cerca de 7 horas depondo à Polícia Federal sobre o roteiro do golpe em curso durante o governo Bolsonaro.
Freire Gomes, na condição de testemunha, colaborou – e muito – com as investigações. A preocupação de golpistas é com o que pode existir de detalhamento de Freire Gomes a respeito de discussões sobre minuta do golpe, o papel do Ministério da Justiça e negativas de forma categórica de que houvesse qualquer indício de fraude em urnas.
Para investigadores ouvidos pelo blog, Freire Gomes é um personagem que teria evitado o golpe – por isso, para bolsonaristas e militares – e a informação de que ele decidiu falar como testemunha fez com que militares repassassem, no fim de semana, mensagens e vídeos uns aos outros chamando Freire Gomes de ‘’traidor’’ e traçando estratégia para “queimar” Gomes.
Num desses vídeos recebidos pelo blog, que circula há dias entre militares, antes até do depoimento de Gomes à PF, aliados de Bolsonaro afirmam que ‘’general que traiu Bolsonaro pode se complicar’’ e que ele ‘’enrolou’’ e “enganou’ Bolsonaro com discussões sobre artigos da Constituição. E que ele não ia interferir – mas tinha que ‘’parecer’’ que ia.