Da Redação do Blog — A Justiça decretou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do vereador Milton Leite (União), presidente da Câmara Municipal da capital paulista, no âmbito da Operação Fim da Linha, que investiga lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de empresas de ônibus.
A informação foi divulgada neste sábado (25/5) pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Metrópoles. Em nota, Milton Leite afirma que está arrolado como testemunha na investigação, diz que não recebeu “nenhuma comunicação” sobre “qualquer tipo de quebra de sigilo” e se coloca à disposição da investigação.]
Em abril, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu denúncia contra 10 pessoas ligadas à Transwolff, também conhecida como TW, uma das empresas investigadas por ocultar bens do PCC, que está sob intervenção da Prefeitura de São Paulo. Milton Leite não faz parte da lista de denunciados.
Na acusação, o MPSP cita inquérito policial, dos anos 2000, que apurava envolvimento da Cooperpam com o crime organizado e chegou a colher o depoimento de Pandora. De acordo com a promotoria, o acusado admitiu que o PCC estaria “infiltrado entre os perueiros” na ocasião.
No rol de testemunhas da Operação Fim da Linha, o MPSP inclui os nomes de Milton Leite e do deputado federal Jilmar Tatto (PT), ex-secretário municipal de Transportes nas gestões petistas de Marta Suplicy e Fernando Haddad. A investigação corre em sigilo.
Não recebi nenhuma comunicação do Ministério Público, muito menos da Justiça, sobre qualquer tipo de quebra de sigilo. Reforço que, como homem público e transparente que sou, coloco à disposição do MP todos os meus dados fiscais e bancários.”