Por Larissa Motta — Tem início previsto para esta quarta-feira (15), às 9 horas, na Primeira Vara do Tribunal do Júri Capital, no Fórum Rodolfo Aureliano, no bairro da Joana Bezerra, o júri popular do universitário João Victor Ribeiro de Oliveira. Ele é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio, na colisão que aconteceu no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, em novembro de 2017.
O crime vitimou Maria Emília Guimarães da Motta Silveira, de 39 anos; o filho, Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de 3 anos; e a babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida. O advogado Miguel da Motta Silveira e a filha, Marcela Guimarães da Motta Silveira, sobreviveram. Mas até hoje a criança, que tem 9 anos, apresenta sequelas daquela colisão.
Em entrevista a uma emissora de TV, o advogado Miguel Coelho disse que “torce por uma pena máxima”, ainda que ela não vá trazer a sua vida de volta.
“Não tem nem pena máxima nem pena mínima que vá confortar meu coração de pai ou de marido. Mas o principal é mostrar à sociedade quando vale a vida humana. E como isso destroi vidas”, disse ele à Tv Jornal.
João Victor segue preso desde a época do acidente e a expectativa é a de que ele seja condenando a uma pena superior a 20 anos.
O julgamento, por sua vez, deverá durar mais de uma dia, como já foi antecipado pelo Blog. Ao todo estão previstos os depoimentos de 22 testemunhas, sendo 16 de defesa.
Provas técnicasa pontam que o motorista conduziu o carro em alta velocidade – 108 km/h quando o máximo seria 60km/h – e avançou o sinal vermelho, atingindo o veículo da família. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que comprovou uma concentração de 1,03ml de álcool por litro de sangue, ou seja, três vezes mais que o permitido.
O então universitário alegou à época que era dependente químico e não se lembrava do que tinha acontecido.
A sessão do júri popular será presidida pela juíza Fernanda Moura de Carvalho. Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa, além do interrogatório do réu. Em seguida, acontece a fase dos debates, em que o Ministério Público e os advogados do réu irão apresentar seus argumentos ao júri popular, que será formado por sete pessoas.Por fim, a juíza apresenta o veredicto.