Da Redação do Blog — Willians dos Santos Santana, um encanador de 36 anos, foi encontrado morto após um confronto com policiais militares em Guarujá, São Paulo, no dia 18 de agosto. Segundo moradores do bairro, o corpo de Santana tinha evidências de tortura, incluindo unhas arrancadas, cortes e perfurações nos braços, além de ferimentos no rosto e na cabeça. Os vizinhos afirmam que ouviram seus gritos de socorro por mais de cinco minutos.
O incidente ocorreu durante a Operação Escudo, que já resultou em 22 mortes pela polícia militar e está sob críticas devido a alegações de abuso policial e mortes de indivíduos não ligados ao crime organizado. Um caso semelhante de suposta tortura já havia sido relatado em julho na mesma cidade.

Testemunhas que viram o corpo de Santana descreveram ferimentos que sugerem tortura, incluindo um ferimento no rosto compatível com uma facada. Um alicate ensanguentado e uma faca foram encontrados próximos ao corpo no barraco onde ele vivia.
Em resposta às alegações, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que os laudos oficiais das mortes foram realizados com rigor técnico e não indicaram sinais de tortura. O governo alega que todas as mortes ocorreram durante confrontos provocados pelos suspeitos.
Santana era conhecido por seu trabalho como encanador em projetos da Sabesp e da Prefeitura de Guarujá, além de fazer trabalhos extras como eletricista e cabeleireiro. A investigação sobre sua morte continua em andamento.