Do CNN – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta sexta-feira (19) cirurgia eletiva de hérnia de Jair Bolsonaro (PL) e negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do ex-presidente.
Os advogados pediram a Moraes autorização para que Bolsonaro deixasse a Superintendência da Polícia Federal, onde cumpre a pena a que foi condenado por tentativa de golpe, e fosse submetido a uma cirurgia de emergência em um hospital em Brasília (DF).
A defesa solicitou ainda que o ex-presidente fosse transferido da sede regional da PF em Brasília para prisão domiciliar para que pudesse dar prosseguimento a seu tratamento médico. Os pedidos foram feitos ao STF nos dias 9 e 15 de dezembro.
Moraes concordou com o laudo médico de peritos da Polícia Federal que apontou que, apesar de existir possibilidade segura de tratamento não operatório, a maioria dos cirurgiões recomenda a intervenção cirúrgica diante da descoberta de uma hérnia inguinal.
Médicos da PF concluíram que o ex-presidente apresenta hérnia inguinal bilateral e necessita de procedimento cirúrgico. Os peritos da corporação, no entanto, afirmam que se trata de uma cirurgia eletiva, ou seja, não emergencial, como alegou a defesa do ex-presidente.
“Dessa maneira, caso haja a opção pela cirurgia por parte do réu, a mesma não será em caráter urgente, mas sim em caráter eletivo, ou seja, agendada (…), devendo a defesa, portanto, apontar a programação pretendida”, decidiu o ministro.
De acordo com a decisão, os advogados de Bolsonaro deverão se manifestar sobre a programação e data pretendidas para a realização da cirurgia eletiva. Depois da resposta da defesa, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve se manifestar em um prazo de 24 horas.








