Da Redação do Blog – O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, agora senador pelo partido União Brasil-PR, enfrenta um cenário desfavorável na Justiça do Paraná, onde é réu em uma ação de investigação judicial eleitoral. As acusações envolvem suspeitas de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022.
Adversários políticos e aliados de Moro apontam que o clima no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado se tornou menos favorável ao ex-juiz após a posse de três novos integrantes. O processo encontra-se na fase de produção de provas e pode levar à cassação de seu mandato, caso as acusações sejam comprovadas.
As irregularidades envolvem não apenas a pré-campanha de Moro, mas também a alegação de gastos eleitorais acima dos limites estabelecidos pela lei. O teto para a disputa pelo Senado do Paraná era de R$ 4,4 milhões, porém, Moro declarou um gasto de R$ 5,2 milhões, segundo informações do TSE.
O senador nega qualquer irregularidade e aposta em um resultado técnico e imparcial por parte do TRE. No entanto, a nova composição do tribunal e o posicionamento de seus membros têm gerado preocupação em seus aliados políticos.
Em meio a esse cenário, há uma intensa disputa de bastidores entre políticos paranaenses que já se apresentam como potenciais candidatos ao Senado, caso a cassação do mandato de Moro ocorra, levando a uma eleição suplementar. Dentre os nomes especulados, destacam-se Ricardo Barros e Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
O julgamento de Sérgio Moro também acontece no mesmo contexto político que levou à cassação do registro da candidatura e mandato do ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, por unanimidade, pelo TSE.
A decisão no Paraná pode ter desdobramentos no Tribunal Superior Eleitoral, onde provavelmente haverá recurso, caso haja uma decisão desfavorável a Moro no TRE.









