Da redação do Blog com informações da Assessoria de Imprensa
Logo depois que a Secretaria de Defesa Social fez uma coletiva, coube ao Ministério Público reunir os jornalistas para falar sobre o eventual envolvimento de um dos seus membros, o promotor Marcellus Ugietti, na operação de sexta-feira.
A sub-procuradora Laís Teixeira (foto ao lado do promotor Ricardo Lapenda) disse que lamentava o fato de um membro do Ministério Público ser alvo de uma investigação e frisou que o orgão agiu “dentro do rigor da lei, como se fosse com qualquer pessoa”.
Confira na íntegra a nota do Ministério Público sobre o caso.

“Após ser comunicada pela Polícia Civil sobre indícios de favorecimento a um membro do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) levantados no âmbito da investigação que culminou com a Operação Ponto Cego, na última sexta-feira (3), a Procuradoria Geral de Justiça afastou o membro do exercício de suas funções, de forma cautelar, no sábado (4), determinou a continuidade das investigações no âmbito criminal e encaminhou expediente à Corregedoria Geral para instauração de procedimento administrativo.
Em razão dos ditames legais que regem a investigação de supostos atos ilícitos praticados por membros do Ministério Público, o prosseguimento das investigações será feito de forma sigilosa tanto no âmbito da Corregedoria, que avalia a conduta funcional do promotor de Justiça, quanto no procedimento criminal, que está sendo conduzido pela Subprocuradoria Geral em Assuntos Institucionais, por delegação da Procuradoria Geral de Justiça, através do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Gaeco), em conjunto com a Polícia Civil.
“Recebemos com tristeza a notícia e os graves indícios trazidos pela Polícia, mas isso não impede a Instituição de atuar com firmeza e seriedade para apurar a conduta de seu integrante, assegurando-lhe o direito à ampla defesa de que dispõe cada cidadão brasileiro.
O Ministério Público de Pernambuco fez e continuará fazendo o máximo para cumprir a sua função, que é servir à população pernambucana”, ressaltou a subprocuradora-geral de Justiça em Assuntos Institucionais, Laís Teixeira.”
ENTENDA COMO FOI A OPERAÇÃO
A delegada Viviane Santa Cruz, responsável pelas investigações, afirmou que os alvos da operações, apesar de participarem do mesmo grupo criminoso, atuavam em diversas frentes delituosas.
A quadrilha, segundo a polícia, trocava os cartões das vítimas, mas também clonava cheques e cartões e realizava diversos tipos de ações para o estelionato.
“Eles também praticavam crimes utilizando-se de cheques clonados, utilizando informações privilegiadas para conseguir, através de cartões de vítimas, comprar cartões de presente. Eles criavam, por exemplo, mercados ou outras atividades comerciais que permitissem a lavagem desse dinheiro obtido com proveito criminoso”, afirmou a delegada.
A investigação começou a partir da deflagração da operação Passe de Mágica, que em março de 2018 desarticulou uma quadrilha que trocava cartões de idosos para dar golpes em bancos em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pará.






