De O Globo – O Ministério Público de São Paulo deflagrou nesta sexta-feira uma operação contra um grupo ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que planejava matar autoridades públicas. São cumpridos 25 mandados de busca domiciliar nas cidades de Presidente Prudente, Álvares Machado, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes e Santo Anastácio.
Entre os alvos da facção estavam o Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios no Oeste Paulista, Roberto Medina. Investigações da Polícia Civil revelaram a existência de uma célula criminosa que levantava detalhes sobre as rotinas de autoridades públicas e familiares, com o objetivo de planejar atentados. O Ministério Público de São Paulo descreve o grupo como altamente disciplinado e audacioso.
“A célula operava sob rígido esquema de compartimentação, no qual cada integrante desempenhava uma função específica, sem conhecer a totalidade do plano, o que dificultava a detecção da trama”, descreve o MP-SP.
Segundo as investigações, os levantamentos em Presidente Vesceslau foram encomendados por Welisson Rodrigo Bispo de Almeida, o Corinthiana, a Victor Hugo da Silva, o VH ou Falcão, que coletou dados sobre Medina e familiares. Messi seria o responsável por fazer o mesmo na cidade de Presidente Prudente. Os envolvidos são integrantes do PCC, com histórico de envolvimento no tráfico de drogas.
A análise de celulares já obtidos na investigação revelou prints e áudios que mostram negociações para a compra de fuzis. Dados de georreferenciamento extraídos de aparelhos, por sua vez, indicam localizações precisas em Presidente Prudente, inclusive, da sede do Ministério Público no município.
Nos celulares de investigados, os policiais também já encontraram registros de pesquisas por carros com espaço para sete ocupantes “com insulfilm totalmente fechado”. Esse tipo de veículo, destacam os investigadores, já foi utilizado em outros ataques a autoridades.
O objetivo da operação desta sexta-feira é coletar evidências que ajudem as próximas fases da investigação, com o mapeamento dos demais membros da organização criminosa. A ação, que frustrou os planos dos criminosos, foi resultado de cooperação das áreas de inteligência da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e do MP-SP.









