Por Ricardo Antunes — O contingente de funcionários públicos no país é de cerca de 11 milhões nas três esferas de poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), informa o instituto República.org, ONG dedicada a melhorar a gestão de pessoas no serviço público. Estudo recente do instituto revela que embora as mulheres sejam a maioria da população brasileira (51% contra 49% dos homens) e também a maioria no serviço público (57% contra 43% de funcionários homens), é significativa a desigualdade salarial de gênero – isto é, a diferença salarial entre os dois sexos.
Segundo o estudo, o salário médio das mulheres no setor público brasileiro equivale a 72% do salário médio dos homens. Na iniciativa privada, na qual, ao contrário do serviço público, os homens são maioria, representando 60% do total dos empregos, a desigualdade salarial, contudo, é menor: o salário médio feminino equivale a 77% do salário masculino nas empresas.
Informa o levantamento que entre 15 países, incluindo latino-americanos como Uruguai, Argentina, Peru e Bolívia, o Brasil é o que possui a maior diferença salarial entre homens e mulheres no setor público.
Diz a pesquisa: “As chamadas ‘posições de cuidado’, como as das áreas de assistência social, educação e saúde, historicamente, são pior remuneradas, além de áreas normalmente atribuídas a mulheres em uma divisão sexual do trabalho. Também são áreas que concentram grande parte do serviço público, o que pode explicar o grande contingente de mulheres e o abismo salarial entre os gêneros”, afirma o instituto República.org que, se somada a variável de raça à desigualdade salarial, a diferença é bem maior: homens brancos têm média salarial 94% maior do que a média de mulheres negras no setor público.
TEM MAIS
De acordo ainda com a pesquisa, as mulheres ficam lá atrás igualmente na ocupação de cargos de gerência e direção no setor público, com 39% delas nestas funções, contra os restantes 61% ocupados por homens.

VERGONHA
Em suma: a vergonhosa e odiosa discriminação contra as mulheres prevalece também no funcionalismo público.
INEGOCIÁVEL…
O presidente do PP, o Partido Progressista, senador Ciro Nogueira (PI), anunciou ontem nas redes sociais que a legenda terá, em breve, após ampla discussão interna, o que chamou de Agenda Central, definindo as “cláusulas pétreas” do partido e, como tal, INEGOCIÁVEIS (redigido assim mesmo, com maiúsculas).
PERO NO MUCHO
Partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), uma das principais legendas do Centrão, aglomerado de agremiações que condiciona sua atuação à troca de favores com o governo, aqui entre nós: haverá mesmo algo ou alguma coisa inegociável no PP?
DESENROLA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o programa Desenrola Brasil, que visa desnegativar brasileiros endividados. A expectativa é alcançar 2,5 milhões de pessoas na primeira fase.

SEM PERDÃO
Lançada por Lula da Silva, a iniciativa busca incentivar a renegociação de dívidas entre pessoas físicas e instituições credoras, com bancos apoiando a ação, “limpando o nome” de devedores até R$ 100. A medida não perdoa a dívida, mas evita inclusão em cadastro negativo.
BARRACO
Iniciativa da primeira-dama Janja, que ninguém ousa contestar dentro do governo, será que se mantém o convite ao ex-deputado Jean Wyllys, um dos líderes da causa LGBTQIAPN+, para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República após seu barraco nas redes sociais com o governador gaúcho Eduardo Leite? Wyllys chamou o governador de “gay com homofobia” porque manteve, à revelia da decisão do governo federal, 18 de suas escolas no modelo cívico-militar.
LUZES DA RIBALTA
Ao contrário do ex-deputado, Leite reagiu com fleuma, limitando-se a chamá-lo de ignorante. Se não for desconvidado para a Secom, Willys, reconhecidamente adepto dos holofotes, vai acabar ofuscando o ministro Paulo Pimenta e arrumando mais inimigos para o governo além dos milhões que já tem.
MOSTRA
A exposição “Berço do infinito”, da artista Priscila Avelin, aborda reflexões sobre autoconhecimento e natureza e tem entrada gratuita na Galeria Gama, localizada no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. A abertura acontece nesta quinta-feira (29), às 19h, e a mostra pode ser visitada até o dia 29 de julho.

PROPOSTA
Esta é a primeira exposição individual da artista visual recifense e reúne obras sobre cenários surreais que representam um diálogo da cidade com a floresta. Os quadros também retratam um organismo vivo que nutre uma conversa em um “berço gerador de ideias”. A mostra é o resultado da imersão de Priscila Avelin no sítio Tamoromu, espaço do coletivo Acorde a Floresta localizado no município de Amaraji, no Agreste do estado.
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