Por Ricardo Antunes
A opção Henrique Meirelles também não está de todo descartada. Fontes ouvidas pelo blog, depois que falamos da articulação do nome de Rodrigo Maia (DEM), acreditam que o ministro da Fazenda seria uma solução melhor absorvida pelo mercado. Nas últimas horas seu nome também aparece como
uma alternativa viável para manter a base unida e a bandeira das reformas hasteada.
Ele é filiado ao PSD, partido liderado por Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicação. Os outros nomes ventilados nos bastidores da Congresso são o próprio Rodrigo Maia (DEM-RJ), como o blog antecipou e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
O ex-ministro tem a seu favor a condução da política econômica, que começa a apresentar os primeiros resultados, e também um bom trânsito com setores da oposição. “O Congresso não iria se expor desafiado o sistema financeiro e o grande capital com um nome próprio” acredita um interlocutor para quem, além de acalmar o mercado, o nome de Meirelles também dialoga com todas as forças políticas incluindo o PT.
O blog pondera, no entanto, que a oposição “petista”tem pouca margem para ser convidada a participar do xadrez da sucessão. As forças aliadas do petismo não conseguem nem mobilizar as ruas nem muito menos tem votos suficientes no Congresso para aprovar uma emenda de eleições diretas ainda esse ano. Esse era um cenário que Lula deseja mais que passa muito longe de Brasília.
O nome do ministro da Fazenda é forte, sem dúvidas, mas dificilmente passa entre o Congresso que não vai abrir mão de fazer o nome do sucessor do presidente Temer. O fato de ter sido presidente do grupo JBS durante os anos em que o o grupo repassou cerca meio bilhão de reais aos políticos não o deixa numa situação confortável e iria expor o seu nome que faz um bom trabalho de recuperação da economia.
Quando de sua contratação, em 2002, o empresário Joesley Batista , disse o seguinte: “O Meirelles não vai ser apenas um consultor. Vai cobrar resultados dos executivos e traçar estratégias para a expansão do negócio; agora é com ele”. Derrubar o governo, sair imune dos crimes cometeu, e ainda “fazer” o sucessor de Temer, me parece uma tarefa impossível e que daria mais força as “teorias da conspiração” que a cada dia explodem em todo País.







