Da Redação do Blog — O consórcio que administrará o Forte dos Remédios, no Arquipélago de Fernando de Noronha, anunciou que não pagará a primeira parcela e pediu prorrogação do prazo ao Estado. A empresa culpa o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que teria atrasado a liberação do projeto para a exploração do espaço público. A administração de Noronha, a cargo do Governo de Pernambuco, autorizou o consórcio a atrasar os pagamento.
Trata-se do Consórcio Dix/Pentágono/IDG, que celebrou com a Administração do Arquipélago um contrato de gestão e manutenção do Forte dos Remédios, assinado em 16 de fevereiro. Pelo documento, o consórcio deveria pagar R$ 238 mensais, começando seis meses após a assinatura, ou seja em 16 de agosto. No entanto, o grupo solicitou prorrogação do prazo para 16 de setembro, em função da demora do Iphan.
O consórcio também solicita ao estado a liberação de uma área de dois mil metros quadrados na ilha para construir um alojamento.
Em documento obtido pelo Blog, a administração de Noronha ressaltou entender que não havia motivo para o adiamento, mas optou por autorizá-lo. O documento que permite o esticamento do prazo foi assinado pelo diretor administrativo e financeiro de Noronha, Cesio Costa Rodrigues dos Santos.
O atraso por parte do consórcio e a permissividade dos administradores revoltou ilhéus, que não enxergaram com bons olhos a postura do grupo. O contrato de cessão do forte tem duração de dez anos, podendo ser prorrogado por igual prazo. “Se já começou assim, não pagando a primeira parcela, imagine o que vem por aí”, ironizou um morador de Noronha que entrou em contado com o Blog. Estaremos fiscalizando e esperamos que a situação se normalize, sem prejuízos sobretudo para os moradores e a população que visita Noronha ao longo do ano.