Por Ricardo Antunes
Quando foi convidado para assumir o pomposo cargo de vice-presidente do Diário de Pernambuco, Pierre Lucena impôs uma condição aos sócios do grupo: a demissão de pelo menos 30 profissionais com os maiores salários como forma de enxugar a empresa e, a partir daí, tentar recuperar o déficit mensal do jornal. O empresário Alexandre Rands não só aceitou como deu carta branca ao novo diretor que foi contratado com um salário de mais de R$ 25 mil, segundo apurou o blog.
Vaidoso, chegou a ter um blog de política nos bons tempos de Eduardo Campos. Ele era reitor da Faculdade Guararapes e não resistiu a tentação de ir para o jornal apenas para ter mais poder e prestígio. Ele já se aventurou como marqueteiro político de algumas campanhas, mas desistiu logo cedo. Seu colega de “consultoria” era o jornalista Marcos Bahé, que mantinha o blog Acerto de Contas e, nas horas vagas, assessorava o ex-governador. Bahé, hoje, é dono de uma grande agência de publicidade com contratos milionários com o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife.
Lucena assumiu no dia 12 de março a vice-presidência comercial e de marketing do Grupo R2 de Comunicação, que tem o Diario de Pernambuco, a Rádio Clube FM, a Rádio Clube AM, e o Pernambuco.com. O clima com a chegada do “novo executivo”, que foi contra o “golpe” mas se aproximou, e muito, do ministro da Educação, Mendonça Filho, foi o pior possível e nada indica que vá melhorar.
Ele nunca chamou os mais antigos jornalistas do DP para uma conversa e se acha o “dono do mundo”, disse uma fonte da redação do jornal. A mesma fonte define o clima na redação nessa quinta feira como “o pior possível”. O Blog deixou dois recados para a secretaria de Lucena mas ele ainda não retornou. O Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco prometeu uma nota criticando as demissões.
No dia 23 de fevereiro, o “executivo” fez um post em seu Facebook anunciando que iria para o Diário. Ninguém imaginava, porém, que ele fizesse essa lambança com 30 famílias. Lamentável.






