Por André Beltrão – A compra de centenas de móveis para o gabinete privativo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) – conhecido como “buraco frio” – tem dado o que falar nos corredores da Casa. A administração da Alepe licitou com a empresa MBarros Indústria de Móveis Ltda. a compra de poltronas, cadeiras, mesas de jantar, sofás, bancos e banquetas a um preço total de R$ 830 mil alegando que o mobiliário existente “já possui mais de sete anos de uso”.
Entregue pelo ex-presidente Guilherme Uchoa, as novas estruturas de plenário, gabinetes e administrativo custaram mais de R$ 100 milhões e foram inauguradas entre 2015 e 2017.
Chama atenção o valor de um sofá do modelo Moma, marca Uultis, de dois lugares, com puff, negociado por R$ 55 mil. Também foram contratadas nove mesas redondas composto por mdf laminado na cor amêndoa e disco giratório em vidro preto por R$ 14.094,88 a unidade. Ainda na compra, estão inclusos sete banquetas sem braço, com acabamento em couro, negociadas a R$ 3.757,14 e 63 cadeiras sem braços e sem rodízio ao custo de R$ 5.952,38 cada.
Entre os deputados não tão satisfeitos com o poderio do presidente da Alepe, Álvaro Porto, o desconforto com o gasto quase milionário é grande. De acordo com fontes da Casa, a decisão de reformar o gabinete privativo dos deputados, o famoso buraco-frio, foi uma forma de gastar recursos depositados em conta, já que segundo fontes, o objetivo é torrar os recursos na virada do ano, para iniciar 2024 zerado.