Por Ricardo Antunes — Foi como ele queria. Ao lado dos familiares e de amigos, o músico e cartunista Lailson de Holanda Cavalcanti fez sua despedida desse plano para outro bem melhor. Na sala do crematório cabem no máximo 10 pessoas. Uma janela de vidro separa os presentes do caixão já todo lacrado. Não existem mais o último toque, as últimas palavras, o último olhar.
Impossível conter a emoção e as lágrimas quando a cantora e sua filha Isabela, ao lado do seu irmão, Pedro, no violão, interpretaram algumas músicas de que ele mais gostava.
Teve blues, teve “smile”, música composta por Chales Chaplin, imortalizada na voz de Nat King Cole e teve preces.
E por último, uma salva de palmas com a alegria que ele sempre pediu quando estivesse por partir.
Nessa hora, uma cortina de persiana se fecha no último ato da cerimônia do adeus.
É isso.
PS: Foi a primeira vez que assisti a um velório de alguém vítima de Covid-19.