Por André Beltrão — É de coração partido que vemos o caso de Serrambi, um incrível potencial do litoral pernambucano, terrivelmente desperdiçado pela omissão administrativa aliada aos donos da miséria, que ostensivamente impõem sobre a região um sistema de coronelismo para manter um feudo particular, colocando na lata do lixo o que poderia ser uma mola propulsora de desenvolvimento econômico e reduzindo drasticamente o desemprego da região, que sofre com as mais altas taxas do país.
Serrambi que é regida pelo mesmo Plano Diretor das praias de Porto de Galinhas e Muro Alto, onde o atraso no desenvolvimento local sucede-se pela relação inescrupulosa entre a administração pública e alguns empresários conhecidos como “coronéis”.

A praia sofre com a falta de urbanização, esgoto a céu aberto, restos de obra inacabadas e os empresários que buscam empreender no local sofrem com a brutal perseguição proporcionada por associações de fachada e agentes públicos, que descumprem leis e ordens judiciais na busca de agradar o coronelato imposto na região.


Tais associações aliadas a gestores públicos inescrupulosos, com diversas ações na justiça e denuncias no ministério público devido aos seus atos ilegais, promovem muita insegurança jurídica aos que querem empreender.
Os responsáveis por trás dessas ações promovem a restrição profissional aos ipojucanos, restando ao mercado de trabalho atividades como as de manobristas, marinheiros, domésticas e caseiros, funções estas que atendem a tais oligarcas e inibem o desenvolvimento profissional do cidadão.

Sem contar que o feudo instituído no loteamento que age como se fosse um condomínio, segue usufruindo de forma gratuita dos serviços públicos como coleta de lixo, iluminação pública e segurança, e, pasmem, tais serviços são pago pelos impostos cobrados aos Ipojucanos!
E o paradoxo é que apesar de custear tais serviços, os residentes locais são inibidos de frequentar a praia de Serrambi, com bloqueios das vias públicas, portarias ilegais entre outras ações que inibam a frequência ao local.
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