*Por Ricardo Bandeira de Melo — Fundada em 1859, a instituição do Jockey Club de Pernambuco promovia corridas por toda a cidade do Recife, com pistas (Prados) em Campo Grande, na Madalena e onde hoje é o Derby, nome este que fora inspirado pelo Turf. O esporte equestre também deu origem ao nome do bairro Hipódromo. Fora sempre frequentado pela “crème de la crème” da sociedade Pernambucana, inclusive recebendo o Imperador Dom Pedro II, quando em visita ao nosso Estado. O Turf era o esporte mais popular entre nossa gente até meados dos anos 1940 (tendo até um jornal especializado), mas a partir disso o Football começou a se popularizar.
De todas estas pistas, apenas restou o da Madalena, que hoje fica no Bairro que foi nomeado de Prado, em nítida alusão ao esporte. Foi exatamente nessa pista, que o colunista que vos escreve teve seu primeiro contato com o esporte. Ainda criança, fui ao Jockey com minha família para o Grande Prêmio Vanildo Marója, meu Tio Avô, que marcou época nas corridas do Estado e é lembrado com respeito e carinho por todos os seus contemporâneos. Tarde extremamente agradável e de emoções, em que nos sentamos na tribuna de honra, que possui uma vista privilegiada para os 2.400 metros da pista.

Uns 10 anos atrás passei a frequentar o jockey com mais assiduidade, por conta de Tio Sérgio Dias, que é aficionado por cavalos e muito ligado a família Medeiros, que é dona do respeitadíssimo Haras Bongy. Stud este, que os cavalos são sempre destino dos poucos tostões que aposto, mas que felizmente, quase sempre se multiplicam. Aos Tios Júnior, Luís Roberto e Ricardo, que fazem o Bongy dos mais preparados do Brasil, mando meu carinho e boa sorte no sábado, quando infelizmente não poderei comparecer.
Fora do círculo equestre, são poucos recifenses que frequentam as Corridas e Grande Prêmios. Aliás, existe pouquíssima divulgação em jornais, rádio e televisão de quando ocorrerão os páreos. Recentemente conversando com o Presidente do Club, comentei a importância que é ter uma ampla divulgação, ainda mais para um tão enriquecedor programa que é assistir as corridas de cavalos. Imagine as famílias indo para o Club e passando a tarde por lá, se divertindo num ambiente confortável e elegante… Com a atual gestão o Jockey está passando por transformações muito bem vindas, que não tenho dúvidas que serão providenciais para o futuro do esporte em nosso meio.

Logo após o Grande Prêmio Bento Magalhães, que aconteceu tem uns 15 dias, comentei com Rodrigo Coutinho, Secretário de Esportes do Recife, sobre o potencial que o Club tem, e o quanto o auxílio dele seria representativo para levar o Jockey do Recife ao nível de São Paulo e do Rio de Janeiro. Nosso Jockey tem muito potencial, que está dormente, esperando um visionário explorá-lo ao seu máximo.
Sábado, dia 6 de novembro tem corrida por lá, começando umas 14 horas, aproveito, e convido todos os leitores para frequentar, acompanhar a grande competição e a viver inesquecíveis momentos no Jockey.

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*Ricardo Bandeira de Melo cursa Direito, é Presidente do PRTB Jovem Pernambuco e estudioso de Ciência Política.