Da Redação do Blog – “O projeto vai salvar a vida do Sport, Náutico, Santa Cruz e de todos os clubes de futebol do país com escassez de recursos”, declarou ao blog o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do União Brasil e ex-presidente do Sport, ao comemorar o parecer ao seu projeto de lei alterando as normas dos passes dos jogadores. Concluído ontem, o parecer, do deputado Arthur Maia (União/BA), aprova o projeto com alterações e vai à votação, em data ainda a ser marcada, na Comissão de Constituição e Justiça. Se aprovado, o que Bivar dá como líquido e certo, seguirá direto à votação do Senado.
O projeto de Bivar –PL3353/21- altera a chamada Lei Pelé e devolve ao clube os direitos do passe do jogador. Determina, também, a ampliação de cinco para oito anos, prorrogável por igual período, o prazo do primeiro contrato entre o clube e os jogadores de 16 anos, o chamado primeiro contrato especial de trabalho desportivo.
O parlamentar pernambucano explica que, com a Lei Pelé, surgiu o “passe livre”, a tentativa de igualar os jogadores profissionais aos demais trabalhadores. “Fragilizou-se o vínculo clube-atleta, facilitaram-se as transferências e produziu-se um ‘Eldorado’ para empresários do mundo esportivo”, avalia.

“Muitos clubes tinham a renda auferida quase exclusivamente pela valorização do plantel, os chamados celeiros de atletas”, diz Luciano Bivar. “Hoje, o ‘passe’ continua existindo, só trocou de mão – saíram as agremiações como ‘senhores dos atletas’, como se dizia à época, e entraram os empresários”, criticou.
Fazendo retornar aos clubes os direitos do passe, a mudança, segundo Bivar, será um reforço de peso nas suas normalmente combalidas finanças, sem prejuízo aos direitos dos jogadores.