O SOBRINHO FANTASMA
Pernambuco seria o cenário ideal para a filmagem dos Caça-Fantasmas. Isso porque é vasto o número de servidores fantasmas em gabinetes de parlamentares, secretários ou até de outros poderes. Ano passado nosso blog fez uma série sobre isso, mas nada muda.
O sobrinho do ex-todo poderoso do Palácio, Antônio Figueira, é nomeado no gabinete do deputado federal Felipe Carreras (PSB) e ganha mais de R$ 6 mil por mês sem trabalhar. (Ouça o áudio no final da coluna).
O jovem Rodrigo Figueira Vidon, de 22 anos, não atua em Brasília, mas poderia comparecer ao escritório do parlamentar no Recife. O detalhe é que Carreras, segundo seus próprios assessores, não tem nenhum gabinete na cidade.
Com a grana, ele paga mesmo é a faculdade de Medicina que está fazendo. Por qual motivo, um homem milionário como Figueira precisa tirar isso dos cofres públicos é que ninguém entende.

BASE PRECISA DE ATENÇÃO
Há pouco mais de 30 dias no cargo, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), tem buscado imprimir um forte ritmo no início de sua gestão. Mesmo assim, faíscas surgem tímidas por parte de seus apoiadores. Com uma base de 25 vereadores eleitos em sua coligação, sem contar adesões de siglas que apoiaram outros candidatos, o socialista não estaria dando atenção devida a uma certa parcela.
LEMBRANÇAS AMARGAS
Muitos, aliás, vêm ressentidos desde os anos de Geraldo Júlio (PSB), um ex-prefeito que pouco prestigiou sua base. De linhagem política muito mais gabaritada, João deverá fazer jus ao DNA e debelar eventuais insatisfações.
SEM CARNAVAL, SEM BLOCOS
O cancelamento do Carnaval livrou o prefeito de ter que atender os tradicionais pedidos de apoio aos blocos de rua que circulam durante o período “momesco”. Em outros anos, havia vereadores que indicavam apoio a 40 ou 50 agremiações. Rusgas já surgiam daí, afinal outros sequer conseguiam indicar cinco bloquinhos. Cada um com seu peso, mas político vive de adoçar a boca dos pidões.

MAIA FORA
A dor da traição é um sentimento difícil de lidar. Assim está a cabeça de Rodrigo Maia, traído pelo próprio partido, o DEM, na sucessão da Presidência da Câmara dos Deputados. Maia está de malas prontas para um novo partido, provavelmente o PSL, o que deve inviabilizar o outrora cogitado retorno de Bolsonaro para a sigla.
DIFICULDADE
Parece que a primeira dificuldade que a deoutada Bia Kicis terá para ser presidente da CCJ vai ser ainda no PSL. Ela é uma das deputadas bolsonaristas suspensas na briga entre Bolsonaro e Bivar. A suspensão implica no deputado ficar impedido de exercer suas atividades parlamentares.
NA MÃO DE BIVAR
Dessa maneira é preciso o presidente Luciano Bivar revogar a suspensão de Bia Kicis para que ela possa exercer qualquer cargo na Câmara. Será que Bivar e seu vice-presidente Antônio de Rueda farão isso?

ACORDO II
O acordo para o deputado Major Victor Hugo ser o líder do PSL na Câmara tem o mesmo problema. Ele também está suspenso pelo PSL. No caso de Victor Hugo, o acordo foi que ele retirou sua candidatura avulsa para enfrentar Bivar em um cargo na mesa em troca da liderança do PSL.
À VER
Será que agora Bivar vai honrar o acordo? Caso o acordo não seja cumprido, é possível que haja uma nova e grande crise entre Bolsonaro e Bivar.
FOTO DO DIA

O ÁUDIO DA SEMANA:
Coluna de Ricardo Antunes, Quinta-Feira 04/02/2021.
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*Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelo principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.
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