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Home Ciências

Ômicron: o que a ciência sabe até agora

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
09/01/2022 - 12:41
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Do Globo — A Humanidade vive a maior explosão de um vírus já registrada. Pandemia dentro da pandemia, a Ômicron varre o planeta, com sinais de que se espalha mais depressa do que o sarampo, o mais contagioso vírus conhecido. Ela também propaga dúvidas. Entre as poucas certezas está o fato de que é quase sempre branda em pessoas totalmente vacinadas.

O mundo comprova na escala de milhões de novos casos de Covid-19 gerada pela Ômicron o que a vacinação prometeu fazer desde o início: reduzir o número de casos graves e mortes.

Com isso, a cepa produz também pandemias paralelas: a dos vacinados e a dos não vacinados. Diretora do Departamento de Imunização da Organização Mundial da Saúde (OMS), Kate O’Brien disse na semana passada que os não vacinados representam entre 80% a 90% dos pacientes graves e mortos pela Ômicron.

Por escapar parcialmente dos anticorpos, a nova variante do coronavírus pode causar reinfecção em vacinados, mas eles raramente adoecem com gravidade. Isso, em geral, ocorre em pessoas com comorbidades, caso do homem de 68 anos, morto em Goiás na quinta-feira, que sofria de um doença pulmonar obstrutiva crônica grave e hipertensão e que se tornou o primeiro óbito oficial da Ômicron no país.

A nova variante do Sars-CoV-2 assombra pela eficiência em se espalhar.

A Ômicron tem apenas dois meses, e não é possível projetar seu impacto com precisão, mas dados preliminares de África do Sul, Reino Unido e Dinamarca indicam que ela é mais branda. E ela pode sobrecarregar o sistema de saúde devido à avalanche de casos leves.

A nova variante do Sars-CoV-2 assombra pela eficiência em se espalhar. Ela não apenas parece, ela está em toda parte. O virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Corona-ômica, que sequencia e analisa o genoma do coronavírus em todo o Brasil, afirma que tudo indica que ela já é dominante no país.

—Ela já representa mais de 90% das amostras de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Estamos concluindo as análises, mas a Ômicron deve estar perto dos 100%, com alguns casos residuais de Delta — diz Spilki.

E fez isso na primeira semana de 2022, após as festas de fim de ano que, como advertido, facilitaram a transmissão.

—Nunca vimos nada como isso. Temos observado desde segunda-feira uma avalanche de casos. Este será um janeiro difícil — frisa Spilki.

“Apagão” de dados no Ministério da Saúde atrapalha o combate ao vírus

A Ômicron, ao que tudo indica, é menos letal que a Delta. Mas adoece tanta gente que causa a sobrecarga dos sistemas de saúde.

O apagão de dados que o Ministério da Saúde não consegue resolver desde 10 de dezembro aprofunda a escuridão da pandemia. Mas, mesmo com o problema, não tem sido observado aumento nas internações e mortes de vacinados. Segundo Spilki, a estimativa é que de cada seis internados, cinco sejam não vacinados ou pessoas com a vacinação incompleta.

A seguir, os principais pontos sobre o que já a ciência sabe sobre a nova variante.

Mutações

A Ômicron é recordista e tem 50 mutações, 32 delas na proteína S, alvo do sistema imunológico e, por isso, da maioria das vacinas. Ela escapa parcialmente do ataque de anticorpos, mas não ao ponto de fazer as vacinas perderem totalmente a efetividade. A terceira dose, de reforço, restabelece a eficácia das vacinas a patamares superiores a 80%. Um estudo liderado por Corine Geurtsvan Kessel, da Universidade Erasmus, na Holanda, mostrou que as vacinas continuam a evitar a doença grave.

Vacinação diminuiu a letalidade da Covid-19

Vacinação

Ao vacinar toda a população, é possível bloquear a maioria dos casos que poderiam se agravar, explica o virologista Amílcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Se menos gente estivesse vacinada, a Ômicron encontraria ainda mais suscetíveis — como idosos e pessoas com comorbidades.

Gravidade

Os dados são preliminares porque a Ômicron emergiu há cerca de dois meses. Mas um relatório do governo britânico de dezembro mostrou que pessoas infectadas pela variante correm risco 50% menor de precisar de atendimento de emergência ou hospitalização em comparação com a Delta. Na Inglaterra, o primeiro mês da cepa teve um terço das internações da Delta. A Ômicron parece mais branda por dois motivos. O primeiro é que as pessoas estão mais protegidas de quadros graves, devido, principalmente, à vacinação.

O outro fator tem a ver com a própria Ômicron. Estudos sugerem que ela não se multiplica com a facilidade das variantes anteriores do coronavírus nas células do pulmão. Ela prolifera nas vias aéreas superiores. Isso seria devido a uma proteína chamada TMPRSS2, uma das portas de entrada do coronavírus nas células, abundante na superfície das células pulmonares e na qual a nova cepa tem dificuldade para se ligar. A diferença é de vida e morte porque os pulmões, ao serem atacados, deflagram um processo inflamatório que se espalha por todo o corpo.

Ômicron tem maior transmissibilidade

Transmissão

Uma combinação de motivos pode explicar a transmissibilidade avassaladora da cepa. Primeiro, ela gera maior carga viral nas células das vias aéreas superiores justamente porque se multiplica mais ali. Por causar infecção mais leve ou assintomática, mas ainda assim com alta carga viral em pouco tempo, circula com facilidade, apontou um estudo liderado pelo Ravindra Gupta, da Universidade de Cambridge.

Velocidade de contágio

A Ômicron tem se mostrado capaz de se espalhar mais depressa que o sarampo, até agora considerado o mais contagioso dos vírus. Mantido o ritmo observado desde novembro, ela se torna o vírus mais transmissível já registrado. Isso não tem a ver apenas com o R0, ou número básico de transmissão do vírus, que estima quantas pessoas um infectado pode contagiar. O R0 da Ômicron foi estimado entre 6 e 10. A título de comparação, o da variante original do coronavírus, a de Wuhan, era 2,5 e o da Delta, abaixo de 7. Já o do sarampo oscila entre 12 e 18. Assim, em média, uma pessoa com sarampo passaria a doença para outras 15. E uma com Ômicron para outras seis, no mínimo.

Embora o número de casos aumente de forma sem precedentes, o de mortes continua a cair, em ritmo menor. Segundo o Worldometer, houve uma redução de 2% nos óbitos globais na semana passada em relação à anterior. Ainda é cedo para saber se essa tendência se manterá. Um sinal de alerta vem dos EUA, onde as hospitalizações estão em alta. O presidente da Sociedade Brasileira de Virologia e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Flavio Guimarães da Fonseca, observa que mesmo que a taxa de letalidade seja menor, devido ao enorme número de casos, haverá muitos mortos. E, devido ao apagão de dados no país, diz, essas mortes podem não ser devidamente registradas, ocultando o dano real da Ômicron.

Vacinação infantil pode salvar centenas de crianças

Crianças

Autora de estudos sobre a Covid-19 em crianças, a imunologista Cristina Bonorino, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e da Sociedade Brasileira de Imunologia, é categórica em defender a vacinação de crianças de 5 a 11 anos não apenas para evitar que adoeçam quanto para impedir que se tornem reservatórios de vírus. Enquanto houver crianças não vacinadas, o coronavírus continuará a grassar entre nós, destaca Bonorino, acentuando que a vacina não bloqueia, mas reduz a transmissão. Ela frisa que, devido ao apagão de dados, nem sequer se sabe quantas crianças estão adoecendo e morrendo de Covid-19 no Brasil desde dezembro. Mesmo que elas não adoeçam com gravidade, não significa que estarão livre de sequelas. Ela lembra que isso ocorre com HPV, hoje prevenível com vacina. Alguém pode ser infectado na infância, ser assintomático e só desenvolver câncer por HPV quando adulto.

Outras variantes

O número de mutações, por si, não determina a periculosidade de uma variante. No Brasil, a cepa que mais matou foi a Gama, originada em Manaus e que causou a segunda e mais devastadora onda de Covid-19. Mas ela, diz Fernando Spilki, pegou uma população não vacinada. A Delta, mais contagiosa, não causou tantas mortes e a Ômicron, mais transmissível, ao que se espera, será ainda menos letal. Os vírus, porém, estão sempre buscando formas de se espalhar. Por isso, especialistas salientam a necessidade de vacinar toda a população e manter cuidados de higiene, uso de máscaras e distanciamento.

Tags: CiênciacoronavírusCovid-19InternacionalÔmicronPandemiaSaúde
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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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