Da Redação do Blog — Dez anos após o acordo de delação do doleiro Alberto Youssef, em que ele entregou 99 imóveis fruto de atividades ilícitas, os destinos desses bens seguem um mistério. O ministro do STF, Edson Fachin, responsável pelo caso, já cobrou da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, respostas sobre a venda desses bens e a destinação dos valores. Até agora, Fachin considera as explicações recebidas incompletas e insuficientes, informa o UOL TAB.
A investigação começou com a apreensão de documentos durante a Operação Concierge, revelando fraudes multimilionárias. O dinheiro das vendas, segundo o Tribunal, foi destinado à Petrobras. No entanto, a origem dos valores e a relação entre cada imóvel e conta judicial seguem obscuras.
O impasse jurídico se intensifica com a decisão recente do STF de que recursos oriundos de delações premiadas devem ir para a União, e não para vítimas específicas, como a Petrobras. A corregedoria questiona a legalidade de destinações diretas à estatal, complicando ainda mais o panorama.
Esse desencontro entre judiciário e gestão de bens públicos levanta questões importantes sobre a fiscalização dos recursos obtidos com o combate à corrupção.