Por Ricardo Antunes — A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) publicou nesta terça-feira, 2 de novembro, o relatório “Ameaças que silenciam: tendência na segurança de jornalistas”. O trabalho mostra que, de 2016 a 2020, a quantidade de casos de violência contra jornalistas cresceu em todo o mundo.
Diante de tal situação, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse durante a COP 26 que a entidade vai criar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes Contra Jornalistas.
O país com mais profissionais de imprensa mortos por realizar seu trabalho foi o México, com 61 assassinatos. O Brasil lidera a lista na América do Sul, com 14 jornalistas assassinados no período. Dos 139 jornalistas assassinados na América Latina entre 2016 e 2020, metade recebeu ameaças devido a seu trabalho. “Tal situação deixa claro que é preciso fortalecer as investigações e os processos judiciais de ameaças de ameaças contra profissionais de imprensa”, ressalta Guterres.
O trabalho destaca ainda o crescimento das agressões contra profissionais de imprensa que cobrem protestos e manifestações. De janeiro a agosto de 2021, esse tipo de violência foi registrado em ao menos 60 países.
A agressão ao repórter da Globo, Leonardo Monteiro e jornalistas de outros veículos, como a Folha de S. Paulo durante a visita de Jair Bolsonaro a Roma, por exemplo, é uma violência inaceitável. E o presidente brasileiro deveria ser o primeiro a repudiar os atos, que atentam contra a liberdade de imprensa, e mancham a imagem do Brasil lá fora.
MUDANÇA
Na COP-26, o Brasil aderiu ao compromisso para reduzir a emissão de metano. A medida contraria a vontade dos ministérios da Agropecuária, Meio Ambiente, Relações Exteriores, Energia e Ciência, Tecnologia e Inovações, porque forçará o país à diminuir os rebanhos, ou investir pesado em pecuária.

PRESSÃO
A mudança veio após forte pressão do Governo Joe Biden e Departamento de Estado Americano, informa o Valor.
FIGURANTE
Chamou a atenção no evento internacional, a falta de voz do governo Bolsonaro, seja no tema da emergência climática ou numa reunião de líderes mundiais. “Parecia um penetra”, disse o jornalista Zuenir Ventura. Não foi só ele, o evento reforçou ainda mais a imagem de isolamento do presidente brasileiro.
DE MUDANÇA
Paulo Guedes está de mudança. Nas próximas semanas, o ministro da Economia deve desocupar a casa da Granja do Torto, onde se mudou no início da pandemia com a família.

OBJETIVO
Seus planos são voltar a se hospedar em um hotel em Brasília durante a semana, para trabalhar, e passar os finais de semana no Rio de Janeiro.
DERROTA
A comissão das prévias do PSDB impôs uma derrota para João Doria e excluiu o direito ao voto dos 92 prefeitos e vice-prefeitos de São Paulo que tiveram suas filiações contestadas por aliados de Eduardo Leite.
IRREGULARIDADE
Eles não poderão participar das prévias nem pelo aplicativo do PSDB nem na cerimônia que acontecerá no dia 21 de novembro, em Brasília. O veredicto foi aprovado de forma unânime. A acusação apontava que o diretório paulista do PSDB cometeu irregularidades ao cadastrar as filiações dos políticos no sistema interno do partido com datas retroativas à assinatura das fichas.
TÔ NEM AÍ
O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, um dos criadores do finado site Terça Livre, chamou em texto via Telegram, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de “tirano, censor e psicopata”. Ele está foragido nos EUA e pode ser preso a qualquer momento.

LIVRO
O cantor e compositor pernambucano Otto lança, no dia 10 de novembro, seu primeiro livro, intitulado “Meu Livro Vermelho”.
OBRA
A obra reúne textos, fotografias e reflexões do artista, produzidos entre os anos 2014 e 2019, e sairá pela editora Impressões de Minas.
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