Por Luiz Roberto Marinho – A Operação Integration, deflagrada em julho de 2024, a partir do Recife, em cidades de cinco estados para apurar crimes de lavagem de dinheiro por empresas de apostas on line, remetida ontem (28) à Justiça Federal, mobilizou nada menos do que 65 advogados de defesa. Uma parte deles tem honorários altíssimos, nunca menores do que R$ 2 milhões, calculam advogados consultados pelo Blog.
A quantidade de advogados contratados, explicam estas fontes, se deveu não apenas à amplitude da operação policial, mas também à complexidade jurídica das defesas.
Os advogados defenderam 35 pessoas e empresas envolvidas nas investigações. Entre as pessoas presas, além da mais famosa, a influenciadora digital Deolane Bezerra, detida duas vezes, houve famílias inteiras – pai, irmãos, esposas, mães, sobrinhos. A própria Deolane teve a mãe, Solange Alves Bezerra, de 55 anos na ocasião, detida na Colônia Penal Bom Pastor, no bairro de Iputinga, na Zona Oeste do Recife.
Foi justamente a influenciadora que reuniu em sua defesa o maior número de advogados – oito. Dos oito, três cuidaram também da defesa da mãe dela. Entre os criminalistas renomados – e caríssimos – atuando na Operação Integration estavam o pernambucano Ademar Rigueira Neto, que mobilizou outros dois colegas do escritório, e o paulista Pierpaolo Bottini, que atendeu cinco clientes ao mesmo tempo.

Dos cinco clientes de Bottini, 48 anos, professor da USP, com PHD na própria USP, especializado justamente em legislação sobre lavagem de dinheiro, alvo inicial da Operação Integration, dois foram o empresário paraibano José André da Rocha, dono da empresa Vai de Bet, e sua mulher, Aislla Sabrina.
A Balada Eventos e Produções, do cantor Gusttavo Lima, que se queixou nas redes sociais do bloqueio de R$ 20 milhões nas aplicações financeiras de sua empresa, contratou quatro advogados.
O cantor de músicas sertanejas teve a prisão decretada pela juíza Andréa Calado da Cruz, obrigada nesta segunda-feira (28) a remeter o processo à Justiça Federal, diante do risco de ser declarada sua nulidade, assim como José André e sua mulher Aislla. Os três mandados acabaram revogados pelo TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco), demonstrando os erros processuais de Andréa Calado.









