Com informações do UOL – O secretário executivo do Ministério da Previdência do governo Lula (PT), Adroaldo Portal, foi preso nesta manhã, em uma nova fase da operação Sem Desconto, que investiga descontos indevidos de aposentados e pensionistas.
Ele ficará em prisão domiciliar, segundo apurou a coluna. O senador Weverton Rocha (PDT-MA) foi alvo de buscas, na mesma operação realizada pela Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União).
Ele é o vice-líder do governo Lula no Senado. Romeu Antunes, filho do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o Careca do INSS, também foi preso pela PF.
Eric Fidelis, filho do André Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, é mais um suspeito preso nesta manhã. Segundo investigação da PF a partir de quebra de sigilos, Eric teria recebido, por meio do seu escritório de advocacia, valores de empresas ligadas ao Careca do INSS.
A nova fase da operação Sem Desconto foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal). Outro lado: o UOL entrou em contato com gabinete do senador Weverton e com o ministério da Previdência e aguarda um posicionamento.
Número 2 da Previdência
Adroaldo Portal estava no ministério da Previdência do governo Lula desde a gestão de Carlos Lupi (PDT) e foi mantido pelo atual ministro, Wolney Queiroz. Em maio deste ano, foi nomeado secretário executivo — ou seja, virou o número 2 da pasta quando já havia estourado o escândalo de fraudes no INSS. Antes, exerceu a função de Secretário do Regime Geral de Previdência Social, de fevereiro de 2023 a maio de 2025.
O número 2 da Previdência é apontado como tendo ligação com o senador Weverton. Ele chegou a receber o lobista Careca do INSS, em seu gabinete. Os agentes cumprem 16 mandados de prisão e 52 de busca e apreensão. As medidas são cumpridas em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal.
Segundo a PF, a operação visa aprofundar as investigações e “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.








