Do UOL – A caminhada convocada por parlamentares da direita hoje para pressionar pela anistia teve baixa presença de público em Brasília.
A manifestação ocorreu hoje para aproveitar a presença de parlamentares em Brasília. É dia de votação na Câmara e no Senado. Os bolsonaristas apostam que a imagem de deputados e senadores chegando em frente ao Congresso, acompanhados de milhares de pessoas, ajudaria na pressão pela proposta de anistia.
O ato começou com o locutor dizendo que o número de presentes não importava. Ele afirmou que o movimento não foi planejado para levar milhares de pessoas às ruas. O objetivo é “conversar com o Brasil pelos olhos dos brasilienses”. Nikolas Ferreira (PL-MG) chamou Alexandre de Moraes de “miserável covarde”. As declaração ocorreu quando o deputado falou que Bolsonaro sofre uma perseguição implacável do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

A bandeira americana virou parte da estética bolsonarista. Nem o presidente Donald Trump conversando com Lula fez as bandeiras dos Estados Unidos serem deixadas de lado. Várias foram carregadas por manifestantes.
A expectativa do PL acabou frustrada. Eles esperavam votar a anistia amanhã. O cronograma do partido previa que nesta semana haveria ambiente político favorável com sinalizações de partidos pelo perdão total aos responsáveis pelo 8 de Janeiro, inclusive ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O plano caiu por terra com o acordo pela PEC da Blindagem. O PL acertou com o centrão votar a favor da proposta que quase impedia abertura de processos criminais contra parlamentares. Em troca, a anistia seria levada a plenário.
A reação popular à PEC da Blindagem foi negativa. Dezenas de milhares foram às ruas, e o Senado enterrou a proposta. O PL ficou em posição delicada porque todos os deputados do partido votaram a favor no primeiro turno na Câmara.
Polêmica desde o início, a anistia teve a tramitação ainda mais dificultada. Tentando ressuscitar o assunto, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) encabeçaram a convocação para o ato de hoje. O esforço bolsonarista não tem surtido efeito até agora. A proposta está sendo relatada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e, meia hora antes do ato da oposição, ele repetiu que deve propor apenas a redução de penas. O parecer deve ser entregue amanhã.
A direita quer o perdão total, o que levaria à extinção da condenação de Jair Bolsonaro. O PL se vê cada vez mais isolado nesta tentativa. O centrão prefere somente a redução das penas. Além disso, a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA a favor de sanções contra o Brasil tornou a anistia ampla, geral e irrestrita ainda mais difícil.
Foi a primeira vez dos bolsonaristas na frente do Congresso desde o 8 de Janeiro. As manifestações depois da destruição das sedes dos Três Poderes terminavam na rodoviária do Plano Piloto de Brasília, a 3 km das sedes do Legislativo. Bandeiras
A bandeira brasileira voltou para a manifestação bolsonarista. Levada pela organização, ela foi colocada no final da fila de pessoas que caminharam até o Congresso Nacional. Mas não faltaram bandeiras dos Estados Unidos. Várias pessoas carregavam e vestiam as corres norte-americanas. Havia também cartazes em inglês.
Na avenida Paulista, a bandeira dos EUA havia sido protagonista. Bolsonaristas levaram um bandeira imensa que demonstrava o alinhamento com o país de Donald Trump que acabará de sobretaxar produtos brasileiros. Tudo isto, no dia 7 de Setembro.









