Da Redação do Blog – O pai do jornalista Julian Assange, John Shipton Assange, estará na Alepe na próxima semana, como parte da campanha mundial pela libertação do filho e em defesa do jornalismo independente. No dia 1º de setembro, às 10h, ele fará uma visita à Comissão de Cidadania da Casa. O encontro, anunciado nesta quinta (24), será em um Plenarinho do Edifício Miguel Arraes, sede do Legislativo pernambucano.
O fundador do site WikiLeaks atualmente está preso em Londres, na Inglaterra. A campanha liderada pelo pai dele tem percorrido vários países para sensibilizar lideranças, opinião pública e cortes internacionais, em busca da extinção do processo, que está na última instância da Suprema Corte inglesa. Reivindica ainda a recusa da extradição solicitada pelos Estados Unidos.
Presidente da Comissão de Cidadania, Dani Portela (PSOL) explica que o apelo tem sido feito em outras Casas Legislativas de capitais brasileiras. De acordo com ela, a visita à Alepe ocorrerá um dia após a exibição do filme Ithaka – A Luta de Assange, com debate aberto ao público, no Teatro do Parque, no Centro do Recife.
“O Brasil assina vários acordos internacionais de proteção a defensoras e defensores dos direitos humanos. Então é muito importante essa comissão fazer a escuta do pai de Julian Assange”, reforça a parlamentar do PSOL. Além da capital pernambucana, ele vai percorrer Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
Sobre Assange
O australiano Julian Assange é jornalista, ativista e programador de computador. Alegando o objetivo de promover transparência e prestação de contas, o site WikiLeaks, criado por ele em 2006, funciona como uma plataforma que permite a fontes anônimas vazar documentos confidenciais e informações sigilosas de governos, empresas e outras organizações.
Em 2010, o WikiLeaks divulgou comunicações diplomáticas e registros militares dos Estados Unidos relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão. Essas publicações geraram um grande impacto político e diplomático, levantando questões sobre segurança nacional, liberdade de imprensa e privacidade.
No ano de 2012, ele buscou refúgio na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde enfrentava acusações de agressão sexual, que ele negou. Ele permaneceu na embaixada por quase sete anos, até ser preso pela polícia britânica em abril de 2019, após o Equador revogar seu asilo.
Ele também enfrenta acusações nos Estados Unidos, onde é acusado de conspiração para cometer invasão de computadores e espionagem devido à sua colaboração com Chelsea Manning, uma ex-analista de inteligência do Exército dos EUA.