Por Thiago Cabral – Depois que foi divulgado pelo blog o espancamento de um menor, na Escola Estadual Xavier de Brito, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, pais de alunos denunciam outras situações de bullying e agressões no colégio.
Na próxima segunda-feira (1), às 10h, familiares dos alunos realizam um protesto, cobrando mais segurança no ambiente educativo.
De acordo com as denúncias, os casos de bullying são recorrentes e o colégio não tem um segurança, embora funcione até as 20h30.
Para a segurança dos alunos, a escola dispõe apenas de um porteiro.
Após o blog expor a situação do jovem de 12 anos, que saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Restauração(HR) depois de passar quase um mês, um caso mais antigo veio à tona.

A camareira Sueli Ferreira, de 50 anos, contou que, no ano passado, a filha sofreu muito bullying e agressões no mesmo colégio. “Isso porque ela é gorda. Botavam o pé para ela cair, davam murro no estômago e também derrubavam o prato de refeição dela”, disse a mãe.
Foram meses até que a filha de Sueli tomasse coragem e contasse para a mãe o que acontecia. “Ela disse que não contou antes porque era ameaçada, diziam que a matariam, se ela contasse”, explica a progenitora.
Segundo ela, ao procurar o colégio, foram constatadas imagens das agressões, na câmera de segurança.
O caso foi no ano passado, mas até hoje os alunos envolvidos não foram expulsos e a filha de Sueli está em acompanhamento de psicólogo particular.
Todos os dias, mesmo a filha sendo adolescente, Sueli tem que deixá-la e pegá-la no colégio, pelo trauma que a menina sofreu. Porém, ela ainda tem ficarm desprotegida no ambiente escolar. “A escola não tomou nenhuma providência de verdade, não fez uma reunião de pais e o aluno tá lá, mesmo depois que falei. E eu nem quero a punição dele, quero um ambiente seguro para minha filha”, completou a mãe.
O OUTRO LADO
Sobre o caso do jovem de 12 anos espancado, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco confirmou o desentendimento que causou no internamento do menor. E também informou que a direção da escola, assim que ficou sabendo do ocorrido, convidou o Conselho Tutelar e os responsáveis dos estudantes para uma reunião, a fim de esclarecer os fatos.
Sobre o caso da filha de Sueli, que sofreu bullying por ser obesa, a Secretaria de Educação informou que a direção da escola disse não recordar do caso e que o caso do jovem de 12 anos foi o primeiro do tipo, com agressões físicas.
A Secretaria de Educação orientou que, em casos semelhantes de bullying, o aluno procure a direção da escola para que se tomem as providências necessárias. Informoy, ainda, que a escola realiza, periodicamente, ações e projetos de prevenção de conflitos, de enfrentamento à violência e ao bullying, além de ofertar uma disciplina eletiva com essa temática.
Por fim, reforçou que está à disposição dos alunos e seus familiares para fornecer todo o apoio necessário, visando sempre garantir um ambiente seguro, inclusivo e propício ao aprendizado.