Da Redação com informações de Tales Faria do UOL
Nesta
quarta-feira (17) o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve fazer mais um
risco em seu coldre.
Ele conseguiu
antecipar do dia 24 para amanhã a reunião do Conselho Deliberativo Nacional
(CDN) do Sebrae que deverá destituir o presidente do órgão, o ex-deputado João
Henrique Sousa (MDB).
João Henrique
foi nomeado no final do governo de Michel Temer, em novembro de 2018, para um
mandato de quatro anos.
Paulo Guedes
queria no cargo Antônio Alvarenga, casado com uma prima sua. Mas o presidente
da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, conseguiu o
apoio de Temer para empossar João Henrique.
Robson Andrade
tem mandato até 2022, mas está afastado do comando da CNI desde que foi detido,
em fevereiro, pela Polícia Federal sob acusação de desvio de recursos do
Sistema S.
Agora Guedes
conseguiu virar a mesa. Obteve o apoio de 11 dos 15 membros do CDN, liderados
por Rio de Janeiro e de São Paulo, para derrubar João Henrique, que também tem
mandato até 2022.
O ministro
quer nomear para o comando da entidade, nesta reunião de amanhã, o ex-deputado
Carlos Melles (DEM-MG).
Envolvido na
articulação com Paulo Guedes, o ex-presidente do Sebrae e assessor especial de
Guedes, Guilherme Afif Domingos, deve eleger Bruno Quick para a Diretoria
Técnica.
O secretário
de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos Costa, nomeará
Eduardo Diogo para a Diretoria de Administração e Finanças, hoje ocupada
por Melles.
Antes de tomar
posse, Paulo Guedes chegou a declarar que o Sebrae e demais órgãos do chamado
Sistema S deviam ser extintos. Agora parece ter mudado de opinião.
Um dos aliados
de Guedes na empreitada, o presidente da Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, defende que o Sebrae preserve
sua área de ensino técnico, desfazendo-se das demais funções.







