Por Ricardo Antunes — A facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) implantou centrais de golpes que atuam com o objetivo de enganar e extorquir vítimas com alto poder aquisitivo. A organização possui uma estrutura empresarial e poder para alcançar todas as unidades da Federação, informa o Metrópoles. O escritório do crime movimentado pela organização mira promotores, magistrados e grandes empresários. A Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) apurou que os estelionatos são praticados dia e noite, por meio do WhatsApp.
As investigações da Polícia Civil do DF (PCDF) elucidaram como os golpes são aplicados, após operação deflagrada em 24 de setembro, quando dois criminosos acabaram detidos. Ao contrário do que vítimas e autoridades imaginavam, não há clonagem do aplicativo ou dos números de telefone quando supostos familiares ligam pedindo transferência de quantias com a justificativa de ter havido um problema em sua conta bancária.
Para consumar o crime de forma certeira, os autores utilizam sites que armazenam milhões de dados pessoais, como nomes dos cônjuges, profissão, telefones e endereços. As páginas ficam hospedadas em servidores localizados do outro lado do mundo, como na região de Tonga, estado da Polinésia constituído por 169 ilhas, no Pacífico Sul. O site cobra R$ 250 por uma assinatura mensal que permite a pesquisa detalhada sobre determinado alvo. No entanto, o pagamento para utilização precisa ser feito com a moeda virtual bitcoin.
PROTESTOS
Com Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), candidatos derrotados em 2018, os atos contra Bolsonaro focaram a inflação, o aumento da fome e a má gestão federal durante a pandemia.

DIÁLOGO
No ato, Fernando Haddad (PT) defendeu que divergências entre os políticos sejam deixadas de lado para viabilizar o impeachment de Bolsonaro.
(DES)UNIÃO
No entanto, parte dos manifestantes não entendeu o recado. O PCO criticou Ciro Gomes horas antes do ex-governador do Ceará discursar no mesmo carro de som. Depois, Ciro ainda foi alvo de vaias durante seu discurso e deixou o ato com seu carro sob ataques de pedaços de pau, segundo a Folha.
INFLAÇÃO
Explorada pela oposição, a inflação está levando empresas a reduzir conteúdo em embalagens. A prática não é ilegal, mas empresas precisam informar a mudança nos rótulos dos produtos por seis meses.

INFORMAÇÃO
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, assinou uma portaria que aumenta de três para seis meses o prazo durante o qual as informações sobre alterações na quantidade de itens de um produto devem permanecer na embalagem. O prazo para adequação é de 180 dias.
CONVERSAS
Concluída a rodada de conversas com Sergio Moro na última semana e com pesquisas em mãos, integrantes da cúpula do Podemos avaliam que a decisão do ex-juiz sobre ser ou não candidato ao Planalto não pode passar de novembro.
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Para eles, embora conhecido, o ex-ministro de Jair Bolsonaro ainda é visto como juiz, e não como político, e ele precisa começar a se divulgar, caso queira crescer nas pesquisas de intenção de votos.
PRIVATIZAÇÃO
A disputa pelo comando do Banco do Nordeste, trocado dias atrás a mando de Valdemar Costa Neto, levou um outro influente ator do governo a se posicionar sobre a celeuma. Paulo Guedes, a quem o BNB está subordinado, confidenciou a interlocutores que o melhor era vender a instituição, sediada no Ceará.

DIVIDENDOS
Para Guedes, entre loteamento político e privatização, a segunda opção renderia mais dividendos a Jair Bolsonaro.
CHEGADA
Após chegar em Brasília esta noite, o ex-presidente Lula conversa com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), para costurar uma aliança nacional e no estado.
ARTICULAÇÃO
Câmara quer ser candidato ao Senado. Para isso, os socialistas teriam de ceder a cabeça de chapa ao PT. Os petistas dispõem de Marília Arraes e Humberto Costa para o governo.
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Coluna do Ricardo Antunes, Sábado, 02/10/2021.
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*Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelo principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.