Com informações da Assessoria de Imprensa — Programação representa aumento de 18,3% em relação ao orçamento de 2025. Setores com maiores aplicações devem ser infraestrutura, comércio e serviços, pecuária e indústria
O Banco do Nordeste (BNB) deve aplicar R$ 6,27 bilhões em Pernambuco, durante o ano de 2026, somente com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O orçamento está 18,3% maior do que o previsto para 2025. A programação das aplicações foi finalizada nesta quarta-feira, 24, em reunião do superintendente estadual do banco , Hugo Luiz de Queiroz, com representantes do poder público e de entidades do comércio, indústria, agronegócios e sociedade civil.
Os setores com as maiores destinações no próximo ano serão infraestrutura (R$ 1,48 bilhão), pecuária (R$ 1,33 bilhão), comércio e serviço (R$ 1,31 bilhão) e indústria e agroindústria (R$ 1,16 bilhão). Haverá, ainda, destinação para pessoa física (R$ 34,2 milhões), turismo (R$ 185 milhões) e agricultura (R$ 758,6 milhões).
Segundo o superintendente Hugo Luiz de Queiroz, Pernambuco está recebendo quase 12% de todos os recursos previstos pelo FNE em 2026. “São valores expressivos que precisam ser aplicados de forma eficiente e que aumentem ainda mais a velocidade da economia no estado. Isso só é possível ouvindo os setores produtivos e os governos”, afirma. O FNE é o principal fundo operado pelo BNB em Pernambuco e foi responsável pelo desembolso de mais de R$ 24 bilhões na economia estadual, entre janeiro de 2021 e julho deste ano.
Nos sete primeiros meses de 2025, o BNB aplicou cerca de R$ 3,25 bilhões no Estado. Entre os setores que mais receberam, R$ 944 milhões foram para comércio e serviço, R$ 946 milhões para infraestrutura, R$ 655 milhões para pecuária e R$ 308 milhões para agricultura.
Ampla representação
A reunião contou com representantes de diversos setores da economia pernambucana. Entre eles, os presidentes da Federação da Agricultura de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra; da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel/PE), Tony Souza; e do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco, Gerson Carneiro Leão. Também presentes, os secretários de Turismo do Recife, Tiago Angelus, e o de Desenvolvimento Agrário do Estado, Cícero Moraes, representando o governo estadual. “Este é um momento muito importante e simbólico. Muitas alterações na destinação dos recursos do FNE ocorreram a partir destas reuniões. Um exemplo foi a inclusão de projetos de retrofit de centros urbanos, uma demanda local, que já está operacionalizável”, declarou Hugo Queiroz.
Valores gerais
De acordo com o titular da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Francisco Alexandre, estão programados R$ 52,6 bilhões do FNE para 2026 para toda área de atuação do BNB (estados nordestinos e nortw de Minas Gerais e do Espírito Santo). O valor representa um aumento de 11,1% em relação aos recursos de 2025. “O FNE é um dos principais indutores do desenvolvimento da nossa região e vem batendo recordes sucessivos de aplicação de seus recursos. Neste ano, traz avanços importantes, como o tratamento diferenciado para projetos da agricultura familiar em sistemas agroecológicos, de produção orgânica e de micro e pequenas empresas, além do financiamento para o setor da economia criativa, diretrizes definidas pelo Conselho Deliberativo da Sudene”, afirmou o superintendente Francisco Alexandre.
Os valores estão sendo programados para aplicações nos estados após um processo iniciado há quase três meses, que incluiu consultas online e reuniões presenciais. Para isso, são seguidas diretrizes definidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento e pela Sudene. O objetivo é promover a democratização do acesso ao crédito, com atenção especial a pequenos produtores rurais, micro e pequenas empresas e ao empreendedorismo feminino.









