EXCLUSIVO, Por Luiz Roberto Marinho – Única capital na qual as pesquisas eleitorais indicam que o candidato à reeleição na prefeitura tem de 75% (Datafolha) a 80% (Quaest) da preferência do eleitorado, o Recife de João Campos (PSB), nona maior cidade do país em população, com 1,5 milhão de habitantes, ocupa a vexaminosa posição 1.339, entre 5.276 municípios, em eficiência de gestão. Em Pernambuco, a capital fica longe de Petrolina, no sertão, e de Cupira, no agreste.
A informação está no levantamento Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F), ferramenta criada neste ano eleitoral pelo instituto de pesquisas Datafolha e pelo jornal Folha de S.Paulo que permite consultar quais prefeituras do Brasil entregam mais serviços básicos à população usando menor volume de recursos financeiros.
O REM-F, divulgado nesta terça-feira (03), contabiliza o atendimento das prefeituras nas áreas de saúde, educação e saneamento, tendo como determinante no cálculo de eficiência da gestão a receita per capita de cada cidade. Quanto mais serviços prestados com menos receita, maior a eficiência.

O levantamento abrangeu 5.276 municípios, ou 95% do total, e usou os dados públicos mais recentes. Ficaram de fora apenas 292 cidades, por não apresentarem informações consistentes, informa o jornal. A ferramenta usa uma escala de 0 a 1, em que o pior município atinge 0,220 e o melhor, 0,769, e usa as qualificações “eficiente”. “alguma eficiência”, “pouca eficiência” e “ineficiência”.
A capital de Pernambuco, governada há 23 anos pela esquerda, registra o índice REM-F 0,567, de “alguma eficiência de gestão”, na 1.339ª posição entre os 5.276 municípios pesquisados. No quesito saúde, está na 254ª colocação, mas cai vertiginosamente em saneamento (posição 1.000) e em educação (4.474ª).
Segundo o estudo da Datafolha/Folha de S.Paulo, nem em Pernambuco o Recife se destaca. A capital perde feio em eficiência de gestão para Petrolina (REM-F 0,640, 107ª colocação no país inteiro) e Cupira (REM-F 0,552, 147º lugar). A gestão municipal mais eficiente, revela o estudo, é Botucatu, em São Paulo. No polo oposto, a pior gestão é da prefeitura de Bagre, no Pará.