Da Redação do Blog – A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18), uma nova fase da Operação Sisamnes com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
Segundo as investigações, uma rede clandestina fazia monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.
Por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, no Tocantins, além das medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
A ação é uma nova fase da Operação Sisamnes, que apura venda de sentenças no STJ. Em dezembro, a PF cumpriu a segunda fase da operação, com uma prisão no Mato Grosso. Na ocasião, a PF investigava lavagem de dinheiro decorrente do esquema de venda de decisões judiciais revelado na primeira fase da operação.

As investigações apontam para a suspeita de esquema de venda de decisões judiciais envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.
Em novembro, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. O preso foi Anderson de Oliveira Gonçalves, apontado como lobista do esquema.
Na decisão que autorizou a operação de novembro, Zanin afirmou que há indícios de que o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves atuou em um “verdadeiro comércio de decisões judiciais” entre alguns servidores do STJ. De acordo com Zanin, ele teve uma “decisiva função no verdadeiro comércio de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça”.









