A Polícia Federal desencadeou na manhã desta quinta-feira (19) a segunda etapa da Operação Xeque-Mate. A ação busca dar continuidade ao trabalho em parceria com o Ministério Público da Paraíba que visou desarticular um esquema de corrupção na administração pública da cidade de Cabedelo.
Nessa segunda fase estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, além do sequestro de aplicações e ativos financeiros no valor de até R$ 3,1 milhões, com o objetivo de ressarcir os cofres públicos. Um dos endereços visitados foi a empresa do jornalista Fabiano Gomes, acusado de intermediar a compra do mandato de Luceninha.
A operação fraudulenta, em 2013, de acordo com as investigações, resultou na posse do atual prefeito afastado do município, Leto Viana (PRP). Ele foi reeleito em 2016.
Além de ordens dos mandados cumpridos pela Polícia Federal, o desembargador João Benedito da Silva concedeu ordem para proibir que os acusados deixem o território nacional.
Segundo nota, a Polícia Federal segue trabalhando para apurar, em toda a sua extensão, os crimes eventualmente praticados no âmbito daquela administração municipal e que constituem o objeto da Operação Xeque-Mate.
Os mandados foram concedidos após a protocolação, pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), da segunda denúncia no bojo da operação. Nesta etapa, foram denunciadas sete pessoas. Todas teriam operado para viabilizar a saída de Luceninha do cargo e a ascensão de Leto Viana.
Os acusados na atual fase da operação são Leto Viana, Luceninha (José Maria de Lucena Filho), Roberto Santiago, Olívio Oliveira dos Santos, Fabiano Gomes da Silva, Lucas Santino da Silva e Fabrício Magno Marques de Melo Silva.
Todos haviam sido alvos da primeira denúncia também. A denúncia, fruto da investigação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), elenca dez eventos da suposta ação criminosa.






