Da Redação do Blog – “Especialista em falsas acusações de violência sexual”: é assim que a advogada Graciele Queiroz, alagoana, formada numa faculdade pouco conhecida, a Unime (União Metropolitana de Educação e Cultura), em Lauro de Freitas, na grande Salvador, se apresenta nas redes sociais. Como fez em novembro do ano passado, em São Paulo, conseguiu o que parecia improvável: libertar Rodrigo Carvalheira em apenas sete dias, contra um grande clamor nas redes sociais favorável à prisão do empresário.
Polêmica, chegou ao Recife, desembarcando de São Paulo, onde mantém seu escritório, no dia da prisão do cliente, na quinta-feira passada, sob acusação de três estupros, incluindo o de uma garota menor de 14 anos. Em declarações à imprensa, que sempre procurou, acusou delegadas envolvidas no caso de prenderem o empresário injustamente. Chegou a dizer ter havido motivações políticas para a prisão, a propósito de comentários segundo os quais se candidataria a vereador em outubro.

Seus contatos frequentes com a imprensa, incluindo uma concorrida entrevista coletiva, lhe valeram nota de repúdio da Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia de Pernambuco (Adeppe), que acusou Graciele de promover “show midiático” e anunciou que faria representação contra ela na Comissão de Ética da OAB Pernambuco.
Em novembro de 2023, Graciela Queiroz conseguiu libertar de uma penitenciária em Barueri, bairro de São Paulo onde mantém seu escritório, o influenciador evangélico Victor Bonato, depois de 56 dias de prisão por acusação de três estupros. Um dia antes de ser detido, em 20 de setembro, ele divulgou vídeo nas redes sociais pedindo perdão às jovens. À época, afirmou que havia falhado e que não teve “atitude de homem”. Foi solto, assim como Carvalheira, detestado nas redes sociais e abandonado pelos amigos influentes.
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