EXCLUSIVO, Por Ricardo Antunes — A reviravolta que fez o PP e o PROS darem “marcha à ré” no apoio à chapa encabeçada por Marília Arraes teve como pano de fundo o “não compromisso” do apoio significativo que ela e sua chapa teriam na eleição de 2022. Um interlocutor do Blog lembrou que quando Eduardo da Fonte fez o movimento para ampliar o palanque da ex-petista, a expectativa era de que a chapa proporcional do PP fosse prestigiada. “Dudu, além de ser um ator importante no jogo político, ainda levou o PROS para o palanque de Marília”, disse a fonte, lembrando que o PP abriu mão da vaga da vice para Sebastião Oliveira (Avante) e do Senado para André de Paula (PSD).
O tempo foi passando e o que se viu de reciprocidade foi o mesmo egoísmo e falta de visão cometida pelo ex-governador Mendonça Filho nas últimas eleições, quando, além de querer ser senador, lançou, com o maior cinismo do mundo, o filho para deputado federal e a própria irmã para deputada estadual. Terminou como todos sabem: derrotado em tudo.
Foi a mesma “gula política” feita por Marilia Arraes e Sebastião Oliveira. A pré-candidata a governadora lançou a irmã, Maria Arraes, enquanto Sebá lançou o irmão, Waldemar Oliveira, ambos para deputado federal.

Com isso, e também algumas derrapadas dadas por André de Paula em relação a algumas prefeituras, uma das quais, ora vejam só, foi dada a Pedro Campos (PSB), não restou outra alternativa para Eduardo da Fonte e seu grupo a não ser voltarem para o ninho da Frente Popular.
Na negociação, Dudu da Fonte terá de volta as secretarias de Desenvolvimento Agrário e de Prevenção e Política de Drogas, do Porto do Recife, e a cereja do bolo: a estratégica Ceasa.
“Política é feitas de gestos. Fizemos vários e não fomos valorizados como deveríamos. A verdade é essa”, desabafou um deputado, que ainda alfinetou: ” Essa coisa de sapato alto nunca deu certo em política “, num claro recado ao grupo de Marília Arraes, que já se acha no segundo turno das eleições.
E isso! O blog assina embaixo: é mesmo fato e já objeto de comentários no meio político em vários municípios. Uma bom caldo de galinha não faz mal a ninguém. Marilia também fez isso na última eleição para prefeito do Recife. Passou para o segundo turno e já estava montando sua equipe de governo antes mesmo da disputa e desdenhando dos apoios políticos.
O resultado todo mundo sabe no que deu. Uma lapada de quase 100 mil votos pró-João Campos (PSB).