Os prédios do Conjunto Beira-Mar, em Paulista, no Grande Recife, que foram interditados por conta de desabamentos começaram a ser demolidos nesta semana. O serviço começou na sexta-feira passada (8).
Ao todo, 18 das 29 edificações do tipo “caixão” que formam o residencial estão desocupadas desde julho de 2023, quando parte de um dos blocos do residencial desmoronou, deixando 14 mortos e sete feridos.
Imagens enviadas à TV Globo mostram uma retroescavadeira derrubando a estrutura de um dos prédios localizados no Conjunto Beira-Mar. A demolição é realizada pela seguradora Traditio com apoio da Defesa Civil do município.
Um dos maiores conjuntos habitacionais da Região Metropolitana, o residencial foi construído em 1982, no bairro do Janga, com 1.711 apartamentos, divididos em 37 prédios, sendo 29 do tipo “caixão” e oito maiores, sustentados por colunas.
Desabamento
O último desabamento no Conjunto Beira-Mar aconteceu na manhã do dia 30 de janeiro. Imagens enviadas à TV Globo mostram a poeira subindo entre os destroços da estrutura. Segundo a prefeitura da cidade, o edifício estava desocupado no momento em que caiu, e ninguém ficou ferido.
O desmoronamento foi no Bloco D10. Apesar de não haver vítimas, segundo a prefeitura de Paulista, entre 10 e 12 imóveis localizados no entorno foram impactados.
Por causa disso, equipes da Defesa Civil foram ao local para avaliar os danos e cadastrar as famílias que moram nesses locais, bem como orientar sobre o risco de permanecer na área.
De acordo com a prefeitura, a edificação pertence à seguradora Traditio. Defesa Civil e patrulhas da Guarda Municipal foram enviadas ao local do desabamento.
Na ocasião, a Traditio informou que o prédio faz parte do plano de demolições conforme o acordo firmado com a Caixa Econômica Federal.
A empresa disse, ainda, que a operação só não tinha sido iniciada por causa das ameaças que os técnicos envolvidos na operação sofreram quando foram ao local. Por isso, a seguradora afirmou que pediu reforço policial ao Governo do Estado e à Justiça para garantir a segurança dos trabalhadores.
O pedido foi acatado em dezembro do ano passado e, desde então, de acordo com a seguradora, a empresa estava no aguardo das autoridades para dar início à demolição.
O g1 procurou o governo de Pernambuco para falar sobre as alegações feitas pela seguradora Traditio, em relação à falta de segurança para derrubar os prédios interditados, mas não obteve resposta.









