Da Redação do Blog – Preocupados com o avanço da epidemia da gripe Influenza A (H3N2) e com a pandemia da Covid, que se agrava com a rápida disseminação da variante Ômicron, os prefeitos de Pernambuco cobraram do governador Paulo Câmara (PSB) medidas mais enérgicas para contenção da transmissão entre a população.
Em reunião virtual que aconteceu na manhã da última sexta-feira, promovida pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), e que contou também com a participação do Secretário Estadual de Saúde, André Longo, os gestores alertaram ainda para a falta de medicamentos e insumos nas unidades de saúde públicas, que já se encontram superlotadas em função da epidemia da gripe.
“As unidades hospitalares da rede municipal e da rede estadual estão superlotadas, isso traz alguns problemas. Além disso, há o aumento do consumo de insumos e medicações de urgência e com a ocupação intensiva dos leitos. Nesse contexto, já se anuncia a dificuldade da aquisição de alguns medicamentos injetáveis como dipirona. Os fornecedores dizem que está faltando, estão com dificuldades na entrega e isso é algo preocupante”, destacou o presidente da Amupe, José Patriota.
Ainda de acordo com Patriota, os prefeitos precisam ter “uma escuta atenta”. “É necessário que os prefeitos escutem os profissionais de saúde e as lideranças. Confiram onde estão as pessoas que ainda não se vacinaram. Adotem a restrição de não permitir a entrada em repartição pública de quem não se vacinou. Essas e muitas outras medidas são necessárias”, acrescentou ele.
Os prefeitos ainda questionaram a realização das festas nos camarotes privados, que até o momento estão sendo defendidos por alguns gestores sob a alegação de que os mesmos seguirão todos os protocolos exigidos pelo Governo do Estado. Existe um forte apela da população para que esta modalidade de festa também seja cancelada, uma vez que todos os eventos de rua já foram descartados. A Secretaria de Saúde deverá se pronunciar sobre o assunto até a próxima segunda-feira (10).