Do G1 — A Polícia Civil concluiu as investigações sobre o assassinato de Jailma Muniz da Silva, de 19 anos, encontrada morta perto de casa na zona rural de Glória do Goitá, na Mata Sul do estado, no dia 31 de janeiro. Edson Cândido Ribeiro, de 35 anos, foi indiciado pelo estupro e homicídio qualificado da jovem, informou a corporação nesta terça-feira (15).
O inquérito foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Delegacia de Glória do Goitá, na segunda-feira (14). Além desse crime, ele segue sendo investigado pela morte Kauany Marques, de 18 anos, que teve o corpo encontrado em um bueiro da cidade do interior do estado, em 1º de fevereiro.
As buscas por Edson mobilizaram dezenas de policiais e moradores da região. Segundo a Polícia Civil, ele se escondeu durante dias em uma área de mata. Um mandado de prisão temporária foi expedido pela Comarca de Glória de Goitá, que também autorizou a divulgação oficial da imagem dele.
A megaoperação para localizá-lo teve apoio de drones, sensor de calor, helicóptero e motos. Edson se entregou após negociações dos parentes dele com policiais e foi preso no dia 7 de fevereiro, oitavo dia de buscas.
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Todos os dias, Jailma Muniz da Silva preparava uma garrafa com café e um lanche para levar para a mãe e para o irmão, que trabalham na lavoura de limão, na zona rural de Glória do Goitápe. No dia 31 de janeiro, os parentes repararam que a jovem estava demorando muito para chegar.
Ao irem procurá-la, encontraram o corpo a menos de um quilômetro da casa da família. Foi quando iniciaram as buscas por Edson Cândido Ribeiro.
Foi no dia seguinte à morte de Jailma que o corpo de Kauany Mayara foi encontrado em avançado estado de decomposição em um bueiro em Glória do Goitá. Ela estava desaparecida desde o sábado (29).
Uma semana antes de morrer, Kauany alugou uma casa a um homem chamado Severino Brás Gonçalves. Quando o corpo foi encontrado, ele disse que ouviu uma discussão da jovem com um homem, no dia em que ela sumiu.
A mãe de Kauany, Micheli Marques, disse após a prisão de Edson que não esperava tamanha crueldade por parte dele. Ela explicou que ele era conhecido da família há anos. O suspeito entrou na vida da família porque a mãe dele teve um relacionamento por 17 anos com uma irmã de Micheli Marques.

Antes de ser preso pela morte das duas jovens, Edson Cândido ficou na cadeia por mais de 13 anos por cometer crimes em duas cidades, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O histórico de condenações do suspeito aponta que, em 15 de setembro de 2014, ele foi sentenciado pela Vara Única da Comarca de Pombos em um processo por estupro e roubo. Nesse caso, Edson pegou pena total de 13 anos e cinco meses de reclusão e 60 dias multa, para ser cumprido em regime inicial fechado.
Pelo estupro, ele pegou uma pena de nove anos de reclusão. Por causa do roubo, a penalidade chegou a quatro anos e cinco meses de reclusão e 60 dias de multa.







