Da CNN — O Brasil bateu nesta terça-feira (6) novo recorde e registrou 4.195 mortes por Covid-19, de acordo com levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde).
De acordo com dados da plataforma Our World in Data, associada à Universidade de Oxford, apenas dois outros países atingiram esse marco fúnebre: os Estados Unidos, em janeiro deste ano, e o Peru, em agosto de 2020, após a revisão de números represados.
Desde o início de março, o Brasil é o país em que mais se morre por Covid-19. Os Estados Unidos, que estão em segundo lugar nessa lista, tiveram 515 mortes nesta segunda, o último dado disponível, menos da metade das 1.319 registradas por aqui no mesmo dia.
Ao todo, 336.947 brasileiros perderam a vida para a doença causada pelo novo coronavírus.
Mais cedo, o estado de São Paulo registrou mais 1.139 mortes por Covid-19, o maior número desde o início da pandemia. De acordo com a secretaria estadual de Saúde, essa atualização contém dados acumulados desde o feriado da última sexta-feira (2).
Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) ouvidos pela CNN disseram que só um lockdown nacional, com duração mínima de duas semanas, seria capaz de conter o avanço da doença no país. Segundo eles, apenas medidas rígidas podem evitar que o mês de abril seja ainda pior que março, o mês mais fatal da pandemia até o momento, com 66.868 óbitos registrados.
Outra maneira de frear a pandemia seria o avanço da vacinação. No entanto, até esta terça, o país aplicou ao menos 26 milhões de doses —dessas 20,3 milhões são referentes à primeira dose e 5,6 milhões, à segunda, necessária para ser considerado imunizado. Os números correspondem à 9,6% e 2,6% da população, respectivamente.
O presidente Jair Bolsonaro disse à CNN que há grande probabilidade que o país fabrique a vacina Sputnik V e que uma equipe do governo deve visitar as instalações de produção na Rússia em breve.
No entanto, o imunizante ainda não recebeu aprovação para uso emergencial ou registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No último dia 27, o órgão suspendeu o prazo de análise do requerimento feito pela Neo Química, representante da Sputnik no Brasil, por falta de dados.







