Por Ricardo Antunes — Nem mesmo os aliados do ministro da Economia, Paulo Guedes, acreditam que as privatizações da Eletrobras e dos Correios possam sair em 2022. O ministro, que nas eleições foi vendido como “bom gestor” e “fiador” da política econômica do governo, prometeu privatizar em 90 dias quatro grandes empresas estatais: Eletrobras, Correios, PPSA (estatal que cuida dos contratos de partilha de produção de poços do pré-sal) e Porto de Santos. Nada saiu do papel.
A paralisia nas privatizações chegou a provocar a saída de importantes assessores de Guedes, como o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, que deixou a equipe atirando para todos os lados, e reclamando de “boicote” dos próprios aliados do governo. No “banco de apostas” do Planalto, há um consenso de que, se nada saiu até agora, não será em ano eleitoral, que Guedes conseguirá se desfazer nas empresas públicas.
E não é só isso: o governo ainda não conseguiu o aval final para a venda da Eletrobras no Tribunal de Contas da União. E, mesmo que consiga, o que deve acontecer, não vai fazer a operação no próximo ano. Já o projeto de privatização dos Correios passou na Câmara dos Deputados, mas não avançou no Senado.
A verdade é uma só. Os entusiastas de Guedes esqueceram um detalhe muito importante: diferente das empresas privadas, no setor público não basta ser um bom gestor, é necessário capacidade política.
PROMESSA…
O governo federal não cumprirá a promessa de ampliar o número de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil ainda em 2021. Também não há previsão para que os beneficiários do programa social recebam uma compensação retroativa, como chegou a ser anunciado.

…QUEBRADA
Apenas a partir de janeiro de 2022, os recursos estão garantidos para atender a quase 18 milhões de famílias com um benefício mínimo de R$ 400.
ATO FALHO
Durante entrevista à Rádio Capital FM (MT), o ex-ministro Sergio Moro cometeu um ato falho, ao dizer que “a Operação Lava Jato combateu o PT de forma efetiva e eficaz”.
CORRIGIU
Acusado de parcialidade enquanto era juiz da operação, Moro logo tentou corrigir a frase ambígua e disse que a Lava Jato apenas descobriu “os esquemas de corrupção e mostrou o que o PT verdadeiramente é”.

A CAMINHO
A filiação de Geraldo Alckmin ao PSB está bem encaminhada, mas a negociação dos socialistas com o PT para a montagem de uma federação com os dois partidos vai de mal a pior.
TRAVADO
Algumas lideranças importantes do PSB não concordam com a junção das duas siglas e nem com a forma como o PT está conduzindo as negociações. Entre elas estão a deputada Tábata Amaral (SP), o prefeito de Recife, João Campos (PE) e o próprio presidente, Carlos Siqueira, anda impaciente.
EMBAÇANDO
Os pessebistas reclamam que os petistas querem avançar com a federação sem aceitar nenhuma das exigências que fizeram para abrigar Alckmin e não fizeram nenhuma proposta concreta ou compromisso formal. Nem mesmo garantiram que Alckmin será o vice.
TURISMO
João Campos (PSB), inaugurou mais um ponto de lazer na cidade do Recife, dessa vez na Rua da Aurora, na altura da Assembleia Legislativa.

LOCAL
O local será o novo cartão postal da cidade, com equipamentos turísticos e mais áreas verdes. O Encontro dos Rios vai representar um novo marco turístico na área central da cidade.
ELOGIO
Foi bastante elogiada a atitude do governador Paulo Câmara em demitir o perito que fraudou as investigações do caso da menina Beatriz.
CAMINHADA
Ontem, terminou a caminhada dos pais da menina, que cruzaram o Estado a pé para cobrar atitude das autoridades.
FOTO DO DIA:








