Por Ricardo Antunes — Aliados do ex-presidente Lula recomendaram ao petista que inicie 2022 dando atenção especial para a região Sudeste, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde Bolsonaro tem grande percentual de votos.
Nas eleições de 2018, 68% dos votos de Jair Bolsonaro foram das regiões Sul e Sudeste. Em São Paulo, Fernando Haddad, então candidato do PT ao Palácio do Planalto, venceu em apenas 14 das 645 cidades do estado, que tem o maior número de eleitores do Brasil.
Mais do que isso, o atual presidente da República venceu em Minas e no Rio, dois estados em que os petistas foram vitoriosos na campanha presidencial desde 2002. Minas tem o segundo maior colégio eleitoral do país, enquanto o Rio tem o terceiro maior número de eleitores.
Como a imagem de Lula já é positiva no Nordeste, correligionários apostam que uma campanha em outras regiões pode ajudar o petista a garantir a vitória em primeiro turno.
DISCURSO
Os dias recentes apontam para um recrudescimento da agressividade de Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal, como única maneira de manter viva a radicalização da campanha eleitoral.

TENSÃO
A decisão do ministro do STF Luis Roberto Barroso de determinar a adoção do passaporte de vacina para a entrada de estrangeiros no Brasil, como quer a Anvisa, deve marcar uma nova fase conturbada na relação do Executivo com o Judiciário
PRENÚNCIO
O ataque digital sofrido pelo Ministério da Saúde é um prenúncio do “novo normal” que pode entrar em cena em 2022.
ESTRATÉGIA
Ciberataques se tornaram arma política, incorporada ao protocolo de ação de vários grupos, especialmente aqueles que se beneficiam de estratégias de medo, incerteza e dúvida.

NA MIRA
A prática está na mira do ministro Alexandre de Moraes (STF), que presidirá o TSE durante as eleições.
ARTICULADOR
O magistrado tem se destacado por atuar nos bastidores como uma espécie de articulador político da corte em temas sensíveis que envolvem Poderes.
DESGASTE
Ele foi um dos responsáveis por fazer a ponte entre tribunal e Legislativo nas conversas que ajudaram a destravar as emendas de relator. Porém, a proximidade de Moraes com o mundo político, já lhe rendeu desgastes. Já que não é bom um juiz circular tão próximo de possíveis julgados.

GUERRA
A bancada ruralista do bolsonarismo está em guerra com Carla Zambelli. A presidente da Comissão de Meio Ambiente caiu em desgraça ao permitir o domínio da oposição no colegiado.
ESTOPIM
O ponto de ruptura ocorreu recentemente, quando a deputada bolsonarista dormiu no ponto ao permitir que os colegas rejeitassem um projeto de lei proposto pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quando exercia o mandato de deputada.
PAZ
Enquanto uns rompem, outros selam a paz. É o caso do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que voltou a se aproximar de ACM Neto. Maia negocia sua entrada no União Brasil, partido que nascerá da fusão do DEM e do PSL.

SEM CONVERSA
Já Sergio Moro evita se aproximar de outro nome da congestionada terceira via: Ciro Gomes (PDT). A interlocutores, Moro disse que atualmente não vê clima para dialogar com o pedetista e cita os ataques públicos que Ciro faz a ele.
CRÍTICAS
Uma das manifestações que mais desagradaram o ex-juiz, segundo aliados, foi o ataque que o ex-ministro fez ao livro de memórias lançado por Moro. Ciro disse que o texto expõe “hipocrisia” e “falsidade” de Moro.
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