Por Ricardo Antunes — Entre quatro bolsonaristas cotados para compor a chapa com o pré-candidato ao governo do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estão o ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf (Republicanos), os deputados federais Marco Feliciano (PL) e Carla Zambelli (PL), e o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL). Por isso, a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 11, pelo instituto Real Time Big Data, comparou o desempenho desses candidatos pela única vaga ao Senado por São Paulo.
Skaf é quem apresenta o melhor desempenho, somando 12% no principal cenário. Ele fica atrás do ex-governador Márcio França (PSB), apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Haddad (PT), que tem 23%, e da deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB), com 13% — com esta há empate na margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Janaína, aliás, também se identifica com o eleitor conservador e de direita, mas não é cogitada entre os postulantes à vaga no Senado pela chapa apoiada por Bolsonaro.
Nos cenários em que foram testados, Zambelli e Pontes atingem 8% — o que significa que estão empatados com Skaf na margem de erro. Marco Feliciano é quem tem o pior desempenho. O pastor evangélico pontua apenas 5% — dentro da margem de erro, ele empata com Zambelli e Pontes, mas não com Skaf. Com ele, Janaína Paschoal sobe para 15%, e Márcio França vai a 24%.
Todos os quatro foram testados, em rodízio, no mesmo cenário, que inclui o vereador Milton Leite Filho (União Brasil), com 5%; o suplente de senador José Aníbal (PSDB), com 3%; o ex-ministro Aldo Rebelo (PDT) e a médica Nise Yamaguchi (PTB), ambos com 2%; e os deputados estaduais Henri Ozi Cukier (Podemos) e Ricardo Mellão (Novo), os dois com 1%. São 19% de brancos e nulos e 19% que não sabem ou não responderam.
SEXTOU
Após o assassinato de um militante em Foz do Iguaçu (PR), no sábado (9), a campanha de Lula dobrou a aposta na mobilização. A partir desta semana, a ideia é criar o “Sextou com Lula”, para estimular a militância a ocupar estações de metrô, bairros e ruas.

ESTRATÉGIA
A avaliação majoritária do conselho foi de que o episódio é grave e exige uma resposta contundente, mas que a campanha não pode permitir que a violência seja o tema dominante do debate das eleições. A meta é manter as discussões centradas na crise econômica e nos efeitos da alta da inflação na população.
PEC KAMIKAZE
Com poucas chances de derrubar no voto a PEC Kamikaze, a oposição vai centrar forças em aprovar um dos destaques que suprimem a expressão “estado de emergência” do texto analisado.
IRREGULARIDADE
Há o entendimento de que as despesas criadas ferem o teto de gastos e a legislação eleitoral. Por isso, a estratégia da oposição, é deixar aberto o caminho para o questionamento no STF.
ENGAVETADO
Augusto Aras, determinou o arquivamento de uma representação que pedia a investigação da atuação da filha do ministro da Economia Paulo Guedes em uma offshore mantida por ele nas Ilhas Virgens.

FORTUNA
Paula Guedes aparece como sócia da Dreadnoughts International, empresa localizada no paraíso fiscal. Segundo reportagem, Guedes tinha aproximadamente R$ 51 milhões em uma conta em nome da offshore.
CORPO MOLE
Numa reunião reservada da cúpula do PSDB em Brasília, realizada no gabinete de Tasso Jereissati na quarta-feira passada, chegou-se a um consenso: o MDB não está movendo uma palha pela candidatura de Simone Tebet. A informação é do colunista do Globo, Lauro Jardim.
CUMPRINDO TABELA
No encontro estavam presentes Aécio Neves, Bruno Araújo, Eduardo Leite e, claro, Tasso. Segundo um dos participantes: “O MDB não deu estrutura para a campanha, só está cumprindo tabela”.

DÚVIDA
Há um movimento intenso para fazer de Henrique Meirelles o candidato a vice de Rodrigo Garcia em São Paulo. Mas Meirelles é um poço de dúvidas: tem esperança também de ser convidado para integrar o governo federal em caso de vitória de Lula.
CRIME POLÍTICO
A Comissão de Direitos Humanos do Senado apresentou, nesta segunda, um projeto de lei para tornar mais dura a punição para homicídios cometidos por motivo de “ideologia, intolerância ou inconformismo político”.
PUNIÇÃO
O texto, que propõe o enquadramento do crime em homicídio qualificado, é assinada pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e prevê, ainda, a mesma tipificação para quando o crime tiver como objetivo a interferência no processo político-eleitoral ou o impedimento do livre exercício de mandato eletivo.
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