Da Redação do Blog – A tragédia do prédio que desabou e deixou 14 pessoas mortas, na sexta (7), no Conjunto Beira-Mar, no Janga, colocou mais uma vez a população em alerta no Grande Recife. Só que o problema é muito maior do que as pessoas podem imaginar. No Recife, Jaboatão, Olinda e Paulista, existem 338 edifícios interditados em com risco de queda.
O levantamento divulgado pela TV Globo aponta um número que reflete um problema que vem se arrastando há muito anos. Um drama que expõe a falta de uma política habitacional capaz de garantir moradia para milhares de famílias.
Em abril deste ano, houve outro desmoronamento de prédio, em Olinda, com quatro mortes. Assim como o imóvel do Janga, em Paulista, ele estava interditado, mas acabou sendo reocupado por pessoas que não tinham casas.
Foram dois casos muito graves que aconteceram em um curto intervalo de tempo e evidenciaram mais uma vez o drama dos edifícios-caixão no Grande Recife.
Para quem não lembra ou não tinha idade, há quase 24 anos, duas tragédias, também com datas próximas, chocaram o Grande Recife.
No dia 13 de novembro de 1999, caiu o Edifício Erika, em Olinda, com quatro mortes. Em 29 de dezembro, do mesmo ano, desabamento do Enseada de Serrambi deixou outros quatro óbitos, a poucos quilômetros de distância.
De lá para cá, muitos estudos foram feitos. Especialistas apontaram causas e sugeriram providências. Só que boa parte das autoridades insistiu em “ignorar” o problema, deixando prédios condenados de pé e permitindo que pessoas morassem neles.
Na segunda (10), a Defesa Civil de Paulista interditou cinco de 29 prédios do conjunto onde a tragédia aconteceu em Paulista. É preciso saber se vão esperar uma nova tragédia para tomar providências definitivas.









