Por Ricardo Antunes
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Foi por muito pouco que o premiado jornalista Jotabê Medeiros não encontrou Belchior. Ele já iniciara a pesquisa para um livro sobre o autor de clássicos como “Velha Roupa Colorida”, “Alucinação” e “Como Nossos Pais” e já tinha pistas do seu paradeiro. Foram dezenas de entrevistas com parceiros musicais, amigos de infância, familiares e produtores de seus discos. Uma semana antes de viajar para uma perdida cidade do Rio Grande Sul ele recebeu a notícia improvável: Belchior se foi.
A prematura morte do genial poeta cearense chegou em Abril de 2017 e virou uma comoção nacional tanto por alimentar o mistério em torno do seu nome, como pelo fato de que, 10 anos antes, o cantor e compositor simplesmente tinha sumido dos palcos e dos amigos. O resgate dessa história comovente de um dos maiores atristas da MPB é resgatada pelo jornalista que, junto com Paulo César Guimarães ( que traz a biografia do genial Sandro Moreyra) estará nesse domingo na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Será no espaço Círculo de Idéias, de 10 ás 11h da manhã.
O título do debate será “De Futebol, Sonhos e Poesias” que será mediado por esse jornalista. O autor procurou dimensionar a importãncia do artista e de sua obra dentro do universo da MPB. Jotabê Medeiros nasceu em Sumé, na Paraíba e já foi finalista do Premio Jabuti de Literatura. Passou pelos principais jornais do país, como Estadão, Folha de São Paulo e como diz tem muita coisa em comum com Belchior “exceto pelo número de irmãos que é pequeno”. É que Jotabê só tem 14, pouca coisa se comparado aos irmãos de Belchior que somam nada menos que 23.







